sábado, 23 de maio de 2015

HISTÓRIA

Aprendi a gostar de história por causa do professor Firmino lá dos anos sessenta no Ginásio Estadual de Santa Inês, o famoso Gessi, que foi instalado num antigo quartel da PM incrustado na chamada vila militar perto da escola de bombeiros e o barro branco.
Juntemos ao caldo da ditadura militar e teremos um bolo salgado.
Enfim, professor Firmino era um apaixonado pela história, no caso antiga.
Até mesmo na cantina da escola falava sobre Roma, ascensão e queda. Eu, mais interessado nas saias curtas de minhas colegas acabei influenciado por ele. Comecei a ler sobre história antiga e gostava de uma coleção sobre mitologia. Nada a ver com história propriamente dita mas, está valendo.
Já conhecia o aeroporto Tempelhof e sua trágica e bela história. Outro dia vimos na TV um programa onde ele era citado como o parque que se tornou após a desativação oficial em 2008.
Sua construção foi ordenada pelo regime nazista e, em 1939, quando seu terminal foi inaugurado era o maior do mundo.
A bela história veio quando Josef Stalin ordenou o bloqueio de Berlim ocidental em 1948 por desavenças com os chamados aliados que derrotaram a Alemanha na segunda Guerra Mundial.

vista aérea de Tempelhof 
Berlim Ocidental, no mapa, estava cravada dentro da Alemanha Oriental. Sem a possibilidade de abastecimento da cidade por via terrestre os aliados organizaram uma ponte aérea monstruosa utilizando o aeroporto de Templhof como base. Essa situação perdurou quinze meses quando os soviéticos permitiram a volta do abastecimento da cidade por terra.
Neste sábado 23 de maio o parque foi palco da corrida de F-E. Certamente a corrida mais importante do campeonato. Não pela primeira desclassificação de um competidor ou pela inédita largura da pista. Mas, pelo encontro de um passado importante com o futuro, sempre anunciado, dos carros que serão movidos a eletricidade. Creio, no caso que a pista tem mais importância que o futuro anunciado.

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