sábado, 9 de maio de 2020

ÉPOCAS

Voltando um pouco ao mundo da F-1. O campeonato parece distante e distante estará em 2020 por mais que tenhamos corridas enfiadas goelas abaixo. Falam em pistas não usuais e três ou quatro corridas no mesmo evento.
Ou seja, tirando a poesia (se é que existe) da categoria.

Neste vídeo, de nove anos, Piquet mata o mito. 
Muito se fala em melhor piloto de todas as épocas fodonas da categoria máxima (ah ah) do automobilismo mundial.
Nós, aqui do humilde blog, sempre pensamos e dizemos que todo ano é ano diferente. Os carros mudam, as pistas mudam, o regulamento muda, os pilotos mudam/envelhecem. 
Não há como comparar Fangio e Senna, por exemplo.
Gênios em seu tempo. Quem foi melhor?

Enfim, Piquet responde uma pergunta de (ora, ora) Flávio Gomes, então jornalista da Jovem Pan (toc toc na madeira) matando a pau sobre a questão.
A questão é simples. Shumacher seria o fodão nos tempos de Nelson? No fundo, o grande piloto porque detém as estatísticas?
A resposta é interessante do ponto de vista do tal romantismo da F-1. Jack Brabham e seu campeonato concorrendo e sagrando-se campeão com carro próprio. Lindo e impensável hoje em dia. 
Uma questão que, penso, fundamental para a beleza do automobilismo de competição é o conhecimento da mecânica. Hoje os pilotos projetam a imagem de meninos que competem na sala de estar de casa. Outrora os pilotos eram fotografados nas garagens/manutenção/montagem dos carros e o caos criativo (sim!) que as fotos transmitiam eram imagens ícones que adoramos. Os pilotos de então, como enfatiza Nelson, tinham conhecimento mínimo de mecânica. Ou, quebravam o carro por ação própria, por não entender de engrenagens.

Acredito que sem toda a parafernália que sempre o acompanhou, fora as sacanagens admitidas pelo duende Ecclestone, Schumacher não teria chegado onde chegou. 
Foi o precursor do piloto/executivo. Aquele que melhor responde aos investimentos dos executivos. Mas, sem o carisma dos grandes vencedores. 
De Jack Brabham a Nelson Piquet.
E, tantos outros.

Esta "maneira de ser" acabou por influenciar toda uma geração de pilotos e a própria F-1.
Raríssimos pilotos parecem entender mais do que os botões que equipam o joystick, quero dizer, volante dos carros indicam.


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