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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Um dia é da caça...

Raikkönen, que não é de gelo nem nada, está puto da vida com o Perez, pois o mexicano o acertou de maneira bruta e irresponsável na corrida de ontem, derrubando o finlandês de quinto para décimo. O prejuízo é enorme se pensarmos no campeonato: Kimi tinha 4 pontos de desvantagem em relação a Vettel antes do GP de Mônaco e saiu dele com 21 pontos a menos.
No entanto, em 2008, o Iceman acabou com os sonhos de um jovem alemão conquistas seus primeiros pontos na F-1. Adrian Sutil vinha fazendo uma corrida excelente no piso molhado do principado monegasco quando o carro vermelho de Raikkönen acertou-o em cheio por trás, pondo fim a sua corrida.




A situação é bem diferente, Kimi não quis passar por cima do Sutil; apenas cometeu um erro e acabou passando por cima sem querer. No fundo, é a vida. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O domingo depois do sábado

Confesso que, no meio da tarde do último sábado, após saber da exclusão de Vettel do treino classificatório, quase fui às lágrimas e, com a voz pequena, exclamei que não assistiria ao GP de Abu Dhabi. 
Óbvio que não cumpri com a palavra e assisti a corrida toda com muito gosto. Ao contrário do que foi nas três primeiras edições - que também foram as três últimas -, o certame onde Judas perdeu os Emirados (plágio severo da ala patriarcal do blog) foi emocionante, cheio de ação e disputa. 
O destaque, sem dúvida, vai para ele que de gelo é. Este, sim, conseguiu um resultado muito acima do que o equipamento dá a entender que permite. Largou gelidamente bem, foi consistente enquanto estava em segundo e, no fim, aguentou firme a pressão da Prima Dona para conseguir o primeiro triunfo desde sua volta à Fórmula-1. 
Os que disputam o campeonato fizeram boas corridas, cada um na sua. Prima Dona fez bom progresso, saindo de sétimo para segundo e Kid, excelente progresso para sair de último, voltar para último, ter que devolver a posição ao Grosjean e, ainda, chegar ao pódium. Mérito de Newey? É o que dirão por aí, mas a performance de Webber deixa claro que não é bem assim. 
Duas corridas pela frente e a disputa está ótima. Tomara que a Red Bull faça a lição de casa para não deixar que erros estúpidos ocorram de novo. Quase puseram tudo a perder em Abu Dhabi. 
Pode ser só uma (má) impressão, mas desenha-se, nesta temporada, uma rivalidade entre o Kid e a Prima Dona que deve ser a tônica dos próximos anos na F-1. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PURO SANGUE

A F1 é um esporte, muitas vezes, injusto. Sempre falo para o chefe do blog que muitos pilotos talentosos se perdem pelo caminho porque não tem carros à altura, ou tem que mostrar serviço em um espaço de tempo exíguo.
Hoje, odes tem como musa a nossa prima dona alfonsinha.
Sim, é um piloto excepcional mas, tem um aparato por detrás a garantir punições estranhas (não me refiro à de Vetor domingo passado) trazendo uma tranquilidade que nenhum outro piloto tem.
Como bem lembrou o chefe do blog essa máquina já esteve a serviço do aposentado shushu.
Mas, há um piloto extremamente talentoso no grid.
Nós do blog, e alguns agregados também, somos fãs de seu estilão deixa que eu chuto (ou melhor bebo).
Falamos do vencedor da corrida lá em Bubu Dadá, Kimi Raikkonen (ou Kiwi Vodkanem).
É o chamado piloto puro sangue. "Veste" o carro e pisa no da direita. Não quer saber de politicagem, nem de falação antes ou após as corridas.
Neste GP onde subiu no lugar mais alto do pódio, praticamente mandou seu engenheiro à merda quando ouviu pelo rádio que deveria manter os pneus aquecidos. Disse que já estava fazendo isso e sabia o que fazia.
Eu, particularmente, adorei esse chute no saco. Esse negócio de engenheiros entrarem no rádio para falar abobrinha só serve para enervar.
Enfim, quando estreou pela Sauber em 2001 muita gente dizia que era uma temeridade porque não tinha grande experiência em carros de fórmula.
Calou os críticos e galgou rapidamente o iceberg da fama. Iceberg porque tem o apelido de Iceman.
Neste GP do Japão em 2005 os verdureiros da dona Globo diziam que Fisichela tinha a vitória assegurada quando Kiwi fez seu último pit stop. Diziam que não iria ter tempo para alcançar o então piloto da Renault.
Pois esta ultrapassagem no início da última volta foi tão espetacular que Ron Dennis vibrou como se fosse um gol.

Enfim, estamos felizes pela volta de Iceman ao mundo dos vitoriosos e esperamos mais nesta e na próxima temporada.





quem disse que ele não sorri?

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Beber, beber, beber, e não esquecer


Ontem, estava alegremente assistindo esta entrevista quando lembrei de um livro que relemos (aqui, o plural não é para ser mais simpático) todos os anos, pelo menos um trechinho, que começa assim: "o homem é, fundamentalmente, um ser que esquece".
Lembrei, então, que, há meses - acho que desde agosto deste ano. Ou setembro? - venho pensando em escrever sobre o Nick Heidfeld e sua carreira, mas o tempo foi passando, fui perdendo o timing e, agora, embora não tenha esquecido, não quero mais escrever sobre o Heidfeld. Coitado, perdeu para o Raikkönen quando a McLaren precisava de um piloto, perdeu para o Massa quando a Ferrari precisava de um piloto, ganhou uma chance inesperada quando o Kubica se estropiou e a Lotus-Renault (que agora é só Lotus) precisava de um piloto e, de repente, mandaram o cara passear e ele, de novo, perdeu. Desta vez, para o Bruno Senna. Como se não bastasse, vai ficar sem meu texto a seu respeito - e esta deve ser a pior parte para ele.
Acho que, se não escrever sobre o Heidfeld, uma hora eu vou esquecer as palavras que escolhi e que estavam quase todas na minha cabeça. Afinal, qual a verdadeira importância dele para a história da Fórmula-1? Tudo bem, ele era um piloto com apoio da Mercedes, foi campeão de F-3000 com o pé atrás, tinha tudo para ser ele o contratado pelo time de Woking em 2002, mas eles preferiram o Raikkönen que tinha, até então - pasmem -, apenas duas temporadas em monopostos: uma de F-Renault e outra já na F-1, pela Sauber. Dizem que foi o Mika Häkkinen quem soprou na orelha do Ron Dennis, "escolhe o finlandês, ele é melhor que o alemão". E o Nick, que tinha o apoio da Mercedes, ficou mesmo na Sauber. Mas é um piloto perfeitamente esquecível.
E, no meio dessa digressão toda, eu acabei lembrando da primeira e única pole-position do Heidfeld na F-1. Foi no GP da Europa de 2005. Lembro até onde eu estava, com quem assisti e quantas horas eu havia dormido - duas horas e quarenta e três minutos. O Heidfeld fez a pole naquela ocasião, mas não foi esse o principal evento do fim de semana automobilístico. Na verdade, os acontecimentos da corrida ofuscaram o brilho da pole de Nick, alemão, em território alemão. Alguém aí lembra? Eu lembro, e o YouTube ajuda a refrescar a memória e me poupa de ter que relatar a corrida inteira:



Era a última volta! Terrível perder na última volta, mas quem perdeu foi o Raikkönen, não o Heidfeld, é bom lembrar. Nick chegou em segundo, melhor resultado de sua carreira.
Na noite anterior a da corrida, foi realizado o Ultimate Dodô Game, e, embora eu tivesse sido "sorteado" para tomar uma dose de Ypioca várias e várias vezes, eu me lembro muito bem. Ainda acordei para ver o GP com dor na canela. Reagiram mal à minha estrita observação das regras do dodô e eu tomei uma bica na canela. Não esqueci.
Quando terminou a corrida, acho que já não lembrava da bicuda, mas me lembro bem que, depois de acontecer o que acabamos de relembrar com o Raikkönen, meu companheiro de corridas - que, naquele dia, não era meu pai - exclamou, ao ver o Alonso comemorando a vitória: "vai tomar água, Alonso!". Alonso tomou foi é champagne.
Depois desse dia, Heidfeld correu muitas e muitas corridas, mas nunca mais fez uma pole e é difícil que volte a fazer alguma, na medida mesma em que é muito improvável que ele volte a pilotar um carro de F-1 em uma corrida.
Bom, eu sei, eu lembro que da última vez que escrevi algo semelhante sobre um piloto ele arrumou um contrato para correr na semana seguinte, e eu até pensei em mudar a área de atuação profissional e virar o "Pai Renatão Pé Frio". Era um sábado - último sábado do mês de agosto -, dia do treino classificatório para o GP da Bélgica. No dia seguinte, domingo, eu quase não acordei para a corrida - quer dizer, na verdade, acordei, mas atrasado, já estávamos na 13ª volta. E tinha uma música na minha cabeça naquele dia porque, na noite anterior, fomos ver uma banda no Café Piu-Piu, e a banda chamava-se Rockover e eles tocaram "My Sharona", que é realmente genial de tão simples. Na sexta-feira, tínhamos visto um filme em que uns menininhos tinham uma câmera de filmar super bacana e eles cantavam "My Sharona" também, mas não tinham uma banda. "Mamamamama My Sharona... tum tum tá tá, tum, tá, tum, tá... ". Não tinha como não grudar, a canção.
E desde esta época eu queria escrever um texto sobre o Nick Heidfeld. Não escrevi, perdi o timing, não esqueci dele, mas todos vão lembrar que eu escrevi isto logo acima e pensar consigo mesmos: "esse cara se repete muito".
Fato é que eu realmente pensei que ia esquecer o texto, afinal, já faz alguns meses. Quem sabe, se o Heidfeld voltar para a F-1 e perder o lugar para algum outro piloto de novo eu possa ter uma nova chance de redigir as famigeradas linhas que martelam minha cabeça todas as madrugadas - "você tem que escrever o texto sobre o Heidfeld, tem que ver o site tal para comparar o desempenho dele com o do Raikkönen e o do Massa quando foram companheiros de equipe...".
Este texto me cutuca e eu tenho saudades do tempo em que a única coisa que me cutucava de madrugada era a mensagem publicitária da operadora de celular. Aliás, o que esses caras têm na cabeça? Mandar mensagem de madrugada? Enfim...
Mas eu me lembro que, após o GP da Itália, o Nick Heidfeld disse que havia sido "emocionalmente difícil ter assitido o GP do lado de fora do carro". O que me faz lembrar que é emocionalmente difícil lembrar que não assisti aquele GP. Faz falta não ter visto aquela corrida, afinal, houve uma largada incrível do Alonso e uma ultrapassagem do Vettel sobre ele mais incrível ainda, com roda na grama e o escambau.
Vocês lembram?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Gelo, a pedidos

Mandaquienses, inatos fãs das corridas de carrinhos, exigiram a volta da "Fórmula-1" como assunto deste blog que se chama "Fórmula-1 Literária". O fã-clube catarinense do Kimi Raikkönen exigiu, por sua vez, um post a respeito da volta do homem de gelo às pistas de Fórmula-1. Atendendo a pedidos e abandonando, temporariamente, o assunto mais recorrente nos últimos tempos neste blog, que é (?), vamos lá falar da volta do Kimi.
Se eu tivesse que apostar o dinheiro que não tenho, apostaria na não-volta do finlandês - e perderia, naturalmente. O cara, quando saiu da F-1, no fim da temporada de 2009, estava pouco se lixando, correndo sem motivação e enchendo o bolso de dinheiro. Foi competir no rally por satisfação pessoal e parecia feliz ali, sem pressão, fazendo a coisa apenas pelo gosto.
E eis que, de repente, surge o boato de que a Williams estaria interessada em Raikkönen como forma de atrair dinheiro empregando um campeão mundial. O pensamento meu foi que nem a pau ele se sujeitaria a correr lá trás no grid para resolver problemas financeiros de uma equipe qualquer.
Não foi o que aconteceu, mas não deixa de ser surpreendente ver o iceman de volta pela Lotus, que já foi Renault, deixou de ser Renault, mas continuou Renault, foi Lotus-Renault e agora é só Lotus. Dificilmente a equipe estará entre as mais competitivas da próxima temporada, embora conte com um excelente time técnico. Raikkönen não é o tipo de piloto que pode impulsionar o desenvolvimento de um carro ao longo do ano se não estiver muito motivado. Ao contrário de outros pilotos, como Barrichello, Schumacher, Kubica, Alonso, Button e outros, Kimi é aquele cara que senta e dirige, não importam as condições. Ontem mesmo folheávamos uma revista mais antiga aqui e um engenheiro da McLaren se queixava que Raikkönen podia ser rápido em quaisquer condições e não dava muita bola para transmitir informações a respeito do comportamento do carro.
Essa característica pode ser muito favorável para um classificação ou corrida quando não se tem o acerto ideal. No decorrer do ano, todavia, a "mão" do piloto pode fazer muita diferença no desenvolvimento do equipamento, ainda mais hoje em dia, sem testes ao longo da temporada.
No entanto, o finlandês é um piloto excepcional, muito acima da média e pode fazer coisas especiais. Algumas das corridas mais belas que já vimos foram protagonizadas por Kimi. O exemplo que sempre salta na lembrança é o GP do Japão de 2005, quando Raikkönen largou da 17ª colocação e ultrapassou o líder Fisichella na última volta para vencer de forma esplêndida o certame. É este o vídeo que vai abaixo, junto com a nossa torcida por ver este Kimi Raikkönen - e não o bêbado desmotivado - de volta às pistas.


Pensando bem, mesmo bêbado e desmotivado, Kimi é sempre garantia de, pelo menos, umas boas risadas:




quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Japão

Para não ficar no chororô antiferrarista, é interessante lembrar um momento marcante da pista que vai sediar o próximo GP de Fórmula-1: o fantástico Suzuka.
Para os brasileiros, o traçado é especial. Ayrton Senna conquistou seus três campeonatos lá, viveu um grande drama em 1989, com a coisa toda entre ele, Prost e o saudoso Ballestre. Nelson Piquet venceu em terras nipônicas o campeonato de 1987, com a batida de Mansell nos treinos. Barrichello obteve uma maravilhosa vitória em 2003, o que, no fim das contas, deu uma mãozinha para o título do alemão oficial.
Mas vamos lembrar de um outro momento mais recente da história do autódromo. Trata-se da vitória de Kimi Raikkönen em 2005. O finlandês partiu da 17ª colocação para a vitória, ultrapassando Giancarlo Fisichella na abertura da última volta.
O pole position na ocasião foi Ralf Schumacher; o grid foi todo bagunçado por causa da forte chuva nos treinos.
Alonso e Raikkönen partiram lá de trás e fizeram corridas memoráveis. A vitória de Kimi merece entrar na galeria das maiores. Kimi Raikkönen, um sujeito diferenciado, que hoje em dia - e talvez mesmo naqueles dias de 2005 - está dando bananas para a Fórmula-1.
Relembre, na narração dos frustrados italianos.