Sobre o post do chefe aí embaixo só um comentário: finlandês embriagado?
É redundância....
Mas, esse post é sobre a última piada, quero dizer desculpa, para o nosso sempre lembrado Dick Vigarista ter andado tão mal na temporada passada.
O Kiko Roseberg anda melhor que ele.......
mas, no simulador da dona mercedes.
Diz o site F1 Today (traduzindo seria "Toddy de F1") que o lemão enjoa no simulador e o Kiko (menino moderno) se dá bem na coisa.
Não é preguiça não. Ou seja, o Shushu fica longe do simulador porque tem enjoos e não porque se acha e não precisa brincar de games.
Era só o que faltava.
O cara anda mal porque não consegue brincar no simulador.
Chego a duas conclusões: o chefe do blog iria se dar bem na F1 real porque anda muito bem no GP-4. E, o Roseberg que se cuide. Vão sabotar o video game dele.
Surpreendi-me hoje ao abrir as notícias sobre automobilismo. Lá estava a informação de que o finlandês J. J. Lehto está sendo "indiciado" por homicídio em sua terra natal. O piloto, que esteve em 70 provas de F-1, classificando-se para competir em 62, entre 1989 e 1994, estava navegando bêbado com um amigo quando atingiu uma ponte. A pancada machucou Lehto e causou a morte de seu companheiro. Confesso que tive uma sensação de estranheza com a notícia. Lehto faz parte de uma geração de pilotos que vi correr quando era moleque e que ficam naquela zona meio cinzenta da memória: lembro de muitas coisas da carreira do cara da F-1, mas sempre me pergunto "era bom mesmo"? ou "por que não conseguiu maiores progressos"? E é esquisito reencontrar aquela figura, hoje um pouco enevoada pela distância do tempo, numa situação tão diferente de outrora. Sobraram poucos heróis de macacão e capacete. Abaixo, vai a entrevista concedida por Lehto após o GP de Ímola de 1991, quando o piloto conseguiu o terceiro lugar, seu melhor resultado na F-1. A corrida foi parcialmente realizada sob chuva muito forte, levando Berger e Prost a rodarem ainda na volta de apresentação. O austríaco prosseguiu, mas o francês parou por ali mesmo. Além de Lehto, outro finlandês atingiria um ponto importante de sua carreira naquele fim de semana: Mika Häkkinen, então piloto da Lotus - a de verdade - conseguia seus primeiros dois pontos na carreira, alcançando o quinto lugar na quarta vez em que alinhava um carro de F-1 no grid. Anos mais tarde, virou senso comum, pelas bocas dos Buenos e Reginaldos da vida, que Mika não sabia andar na água...
Como o chefe do blog já informou o papai Noel trouxe para mim uma réplica da lotus mk III.
Depois de algum tempo hibernando na praia resolvemos testar a velha habilidade em montar essas réplicas e fomos ao trabalho.
Quem já tentou montar essas criaturinhas sabe que tudo é possível. Inclusive uma montagem sem sustos, cola escorrida ou decalques que não colam.
Até agora nada disso aconteceu. Levei vários sustos.
De cara descobri algumas peças que não constam das instruções. Tudo bem se, em compensação, não faltem outras.
Conversa vai, conversa vem, uma peça (da manga de eixo) não encaixava. Ou seja, do jeito que estava a lotus lançaria a moda do eixo de ponta cabeça.
Bom, era uma peça montada ao contrário. Apesar do todo o cuidado.
Fui obrigado a arrancar as peças (dos dois lados) na base da porrada, uma vez que já estavam coladas.
Saíram sem maiores estragos. O problema é que elas foram encaixadas certo. Na verdade, todo o conjunto foi montado ao contrário. Culpa das instruções mal elaboradas (eh, eh).
Mais machadadas e o recomeço da montagem.
Enfim, entre mortos e feridos o carrinho está quase pronto.
Uma crítica antiga que faço é a complicação que existe nessas réplicas em relação a alguns detalhes que não são significantes na montagem final. Por exemplo os canos de escapamento. Por mais cuidado que a gente tenha eles não ficam corretos.
Enfim, voltemos à oficina porque a temporada já vai começar e o carro tem que estar pronto.
Por acaso, quando escrevemos o nostálgico post sobre o número 1, deparamo-nos com uma bela interpretação da canção de Steve Winwood, Jim Capaldi e Chris Wood.
Já que estamos na pré-temporada não tem nada de mais ficarmos menos F-1 e mais Literários. Com esta foto, dá até para lembrar de um poema de um veterano meu:
Interessante esse número, o 1. O primeiro positivo inteiro depois do zero. Como o zero à esquerda é nada, o 1 acaba sendo mais aclamado, embora o zero seja genial.
Ser o número 1. Muitas pessoas passam a vida toda almejando este status. Ser o número 1 indica que se está em uma posição privilegiada. Subir no lugar do pódium indicado com o número 1 significa que você foi o melhor, o mais rápido de todos. Estar na Fórmula-1 significa estar entre os melhores, justamente porque ela é a número 1 e não 3, ou 2000, 3000, seja lá qual for. Qualquer outro número não é o 1.
Único entre todos. Dois pauzinhos formando um ângulo. Fascinante e magnífico número 1. O número 1 só tem um problema, que não surge sempre, que nem sempre incomoda, e que é, justamente ser único. Não tem nenhum problema, até querer que sejam 2.
Fórmula-1. Um assunto cada vez menos recorrente neste humilde blog que se propõe a ser sobre... Fórmula-1. Talvez, haja um desinteresse natural quando se percebe que é um mundo dominado por menininhos mimados, como a Prima Donna Afonsina, e por empresas sem o menor comprometimento e respeito pelos princípios mais fundamentais do esporte, como a mamã mafiosa Ferrari.
Na pré-temporada (ainda tem hífen), temos que buscar inspiração em tempos mais românticos para falar de F-1. Então, enquanto eu andava por aí caçando fantasmas, lembrei do GP do México de 1986. Alguma coisa nesta corrida sempre me deixou intrigado. Como que o Berger conseguiu ganhar? É só ler o anuário. Os destaques são sempre os mesmos: Mansell, Piquet, Prost, Rosberg quebrou e Senna. E de repente está lá o Berger, numa equipe que ainda era secundária, ganhando de toda aquela leva de pilotos fantásticos com carros superiores. Como isso, hein?
Fiquei a imaginar se não é porque naquela época dava-se atenção às coisas que verdadeiramente fazem parte do automobilismo: o piloto (não a sua segurança, mas a que velocidade ele podia ir com seu nível de loucura; Berger era, sem dúvida, muito louco e muito rápido); o motor; os pneus.
Os motores tinham trocentos mil cavalos. Empurrava mesmo. E os pneus? Do lado direito traseiro era composto mole, o dianteiro direito era semimole (sem hífen, agora), do lado esquerdo era tudo duro. E vamos tentar chegar assim até o fim da corrida.
Hoje nada disso é possível. Motores e pneus obedecem a um regramento rígido, o piloto é castrado e só pode falar o que pensa e exercer sua loucura quando a mãe liga no seu celular e não tem nenhum outro membro da equipe por perto.
Então, para compensar, inventa-se um pacote aerodinâmico por corrida. Para corrida ter graça para quem investe na coisa, faz-se festas luxuosas, instalações suntuosas dentro de um motor-home. E ninguém lembra do que a coisa realmente se trata: carrinhos coloridos dando voltas em um pedaço de asfalto para ver quem chega primeiro.
Naquele GP do México, Gerhard Berger, com pneus Pirelli e um carrinho bem colorido, chegou na frente de todo mundo. Chegou na frente porque andou mais rápido, com o pneu enorme que ele escolheu, com um motor com trocentos cilindros que a equipe achou conveniente usar. E com um custo módico, se comparado a quanto custa um motor-home de hoje em dia.
É interessante transitar por lugares rotineiramente transitados. Pouca coisa muda na paisagem, os nomes das ruas continuam os mesmos, mas, ainda assim, quando paramos para prestar atenção, sempre há algo fora do lugar.
Muda quem está ao seu lado, quem está ao seu lado muda você. Sempre alguma coisa muda de lugar.
Transitando por lugares muitas vezes transitados, costuma-se deparar com espectros, fantasmas de outros tempos, pessoas que estiveram ali e que não vão estar mais - ou, pelo menos, não vão estar mais com você.
O cômodo mesmo de onde, hoje, escrevo mil bobagens. Outrora foi habitado por outro, por outros, outro e outra. Agora, o outro sou eu, vez ou outra tenho companhia, mas as marcas nas paredes revelam a posição em que se encontravam os móveis. A paisagem, assim como a da rua, não está tão diferente. As marcas, porém, não deixam esquecer que há coisas faltando. Os móveis que as deixaram sobre a tinta branca nunca mais ocuparão o mesmo espaço.
E os fantasmas continuam surgindo quando se passa de um quarto para outro, do outro quarto para sala, da sala para cozinha. Os espectros vão contando as histórias, fazendo com que se lembre o papel de cada um deles na imensa parede de saudade que forma a vida. Alguns tijolinho fazem uma falta danada, outros nem tanta e há, ainda, outros tantos a serem acrescentados.
Um dia na convivência de fantasmas e sente-se uma vontade imensa de dar um passo atrás. Mas, veja-se a ironia, um passo atrás e corre-se o risco de passar o resto da vida na convivência apenas... dos fantasmas. Então, paramos, olhamos, pensamos, e deparamo-nos com o grande mistério da vida: como dar o passo a frente?
Amanhã, pai e chefe iniciam uma espécie de férias coletivas. Enquanto o pessoal toma sol e cachaça, estarei ingerindo responsavelmente o antibiótico, ao mesmo tempo que me preocuparei excessivamente com Luís António Verney, reformas pombalinas e o por quê de o direito comercial brasileiro ter virado o que virou. Vemo-nos em alguns dias!
Olha que legal o presente que comprei para o meu pai no natal:
É um modelo - obviamente, ainda desmontado - que reproduz o Lotus 78, utilizado entre as temporadas de 1977 e 1978. É o primeiro "carro asa" da história da F-1. Com as famosas "saias" laterais, criava-se uma espécie da vácuo sob o chassis, o que prendia o bólido ao solo. Quando comparado ao Lotus 72, o modelo 78 teve uma existência curta. Já em 1978 foi substituído pelo Lotus 79. Ainda assim, teve uma passagem de sucesso pela Formula-1: venceu 5 corridas em 1977, quatro com Mario Andretti e uma com o sueco Gunnar Nilson. Em 1978, foi conduzido a duas vitórias, uma pelas mãos de Andretti, e outra pelas mãos de Ronnie Peterson, antes de ser substituído pelo Lotus 79. Nem tudo foram flores, contudo. A vitória de Nilson no GP da Bélgica de 1977 foi a única de sua carreira. Ao final daquele ano, o sueco faleceu, vítima de câncer. No GP da Itália de 1978, a equipe Lotus já utilizava o modelo 79. No entanto, Peterson foi forçado a voltar a utilizar o modelo 78 em vista de um acidente que danificara o seu 79 nos treinos. Foi a última largada de Ronnie - também sueco: ele não resistiria ao ferimentos causados forte acidente entre vários carros antes da primeira curva do circuito de Monza. Depois destas duas historinhas, pode parecer um presente mórbido, não? Trata-se, no entanto, de um carro revolucionário, mais uma vez desenvolvido pela equipe do genial Colin Chapman. Tem uma importância inquestionável no desenvolvimento posterior que teve a categoria. Interessante notar que, aqui em casa, os papéis andam se invertendo. Agora é o filho quem dá carrinhos de presente para o pai. Ano que vem, me visto de Papai Noel.
Interessante a data de aniversário do blog. Nunca pensei nessa data até o chefe do blog afirmar que tudo começou em um dia 31 de dezembro. Pelo que pesquisei comecei a escrever no dia 9 de junho de 2009! E, ao contrário do que diz o chefe, não ganho nada! Mas, ele que espere uma ação trabalhista em breve. Enfim, feliz aniversário para nós, tecladores e parcos leitores.....
E começou 2011. Esperança e ânimo renovados? Espero que sim. Estamos sempre caindo e levantando, implodindo as pedras que nos são atiradas, como bem disse o pai do blog. E é isso que carregamos de ano para ano. Não estou suficientemente inspirado para uma boa mensagem de início de ano. Deixa o Labrie falar:
E vai com letra e tudo:
To Rise, To Fall. To Hurt, To Hate. To Want, To Wait. To Heal, To Save.
Can't hear it we fear it awareness won't come near it
Distractive Reactive Disguised in spite of time
I never bared my emotion My passion always strong I never lost my devotion but somewhere fate went wrong
Can't let them rape me again Your venom's not family here won't let them fill me with fatalistic remedies
What if the rest of the world was hopelessly blinded by fear? Where would my sanctity live? Suddenly nobody cares.
It's never enough You're wasting your time Isn't there something I could say? You don't understand You're closing me out How can we live our lives this way?
You tell me I'm wrong I'm risking my life Still, I have nothing in return I show you my hands You don't see the scars Maybe you'll leave me here to burn.
What if the rest of the world was hopelessly drowning in vain? Where would our self pity run? Suddenly everyone cares.
Blood...Heal me Fear...Change me Belief will always save me Blood...Swearing Fear...Staring Conviction made aware
Give up on misery Turn your back on dissent Leave their distrust behind Wash your hands of regret
Do you feel you don't know me anymore? And do you feel I'm afraid of your love? And how come you don't want me asking? And how come my heart's not invited? You say you want everyone happy Well, we're not laughing.
And how come you don't understand me? And how come I don't understand you? Thirty years say we're in this together So open your eyes.
People in prayer for me everyone there for me Sometimes I feel I should face this alone My soul exposed It calms me to know that I won't
Blood...Heal me Fear...Change me Belief will always save me Blood...Swearing Fear...Staring Conviction made aware
Give up on misery Turn your back on dissent Leave their distrust behind Wash your hands of regret
Blood...Heal me Fear...Change me Belief will always save me Blood...Swearing Fear...Staring Conviction made aware
Learning from misery Staring back at dissent Leaving distrust behind I'm inspired and content
No último dia 31, coincidentemente, também o último dia do ano, o F-1 Literária completou dois anos de uma fajuta existência. Tudo começou após a colação de grau na faculdade, a aprovação no mestrado... precisávamos de um hobby. Gastava muito tempo comentando os textos do blogueiro oficial Flavio Gomes, então, o caminho natural foi começar a escrever o publicar os próprios textos sobre Formula-1. E deu no que deu. Poucos meses depois da inauguração, conseguimos que o pater familias viesse a trabalhar conosco, ganhando uma miséria por hora. Não fosse isso, possivelmente já teríamos ido à bancarrota. De lá para cá, tivemos altos e baixos: meses com trinta e dois mil posts, meses com apenas dois. Mas é assim mesmo. Não deixa de ser um hobby. No fim das contas, o que realmente importa é receber os parabéns dos próprios Beatles.