segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Voltas e voltas

Surpreendi-me hoje ao abrir as notícias sobre automobilismo. Lá estava a informação de que o finlandês J. J. Lehto está sendo "indiciado" por homicídio em sua terra natal.
O piloto, que esteve em 70 provas de F-1, classificando-se para competir em 62, entre 1989 e 1994, estava navegando bêbado com um amigo quando atingiu uma ponte. A pancada machucou Lehto e causou a morte de seu companheiro.
Confesso que tive uma sensação de estranheza com a notícia. Lehto faz parte de uma geração de pilotos que vi correr quando era moleque e que ficam naquela zona meio cinzenta da memória: lembro de muitas coisas da carreira do cara da F-1, mas sempre me pergunto "era bom mesmo"? ou "por que não conseguiu maiores progressos"? E é esquisito reencontrar aquela figura, hoje um pouco enevoada pela distância do tempo, numa situação tão diferente de outrora. Sobraram poucos heróis de macacão e capacete.
Abaixo, vai a entrevista concedida por Lehto após o GP de Ímola de 1991, quando o piloto conseguiu o terceiro lugar, seu melhor resultado na F-1. A corrida foi parcialmente realizada sob chuva muito forte, levando Berger e Prost a rodarem ainda na volta de apresentação. O austríaco prosseguiu, mas o francês parou por ali mesmo.
Além de Lehto, outro finlandês atingiria um ponto importante de sua carreira naquele fim de semana: Mika Häkkinen, então piloto da Lotus - a de verdade - conseguia seus primeiros dois pontos na carreira, alcançando o quinto lugar na quarta vez em que alinhava um carro de F-1 no grid. Anos mais tarde, virou senso comum, pelas bocas dos Buenos e Reginaldos da vida, que Mika não sabia andar na água...


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