terça-feira, 22 de outubro de 2019

O VEGANO SEM SABER

A dieta vegana anda na moda. Muitos atletas o são.
Hamiltão, por exemplo, é vegano.

Eu tenho uma história curiosa sobre a dieta.
Láááá no início dos anos noventa estava no alto da gangorra de meu peso. Ou seja acima do peso. Assim tem sido minha vida. Altos e baixos em relação ao peso. Mais alto, por sinal.
Bom, nesta época havia um médico homeopata espetacular em Rib's. 

Fui até esse médico para uma consulta tipo "qual milagre para comer feito a última refeição e  ainda assim emagrecer".
Ele, com muita paciência, explicou que iria me passar uma dieta onde não seria consumido nenhum produto de origem animal. Não falou em veganismo e eu nem sabia em que barco estava entrando.
Além disso, um monte de florais e complementos vitamínicos.
E, entrei nessa. Salientando que tenho aquele tipo sanguíneo que adora carnes. 
Mas, dois fatores ajudaram. Caminhada e os florais que não deixavam a peteca do humor cair. Eu não entrei naquela depressão típica de quem faz dieta radical.
E, perdia trezentos gramas por dia. Caminhava toda noite passando na mesma farmácia e pesando na mesma balança. 
Morava em Jaboticabal e, quando vinha para Rib's carregava meu prato de xuxu, alface e quejandos. A família ajudava dizendo que não iria aguentar. Afinal, logo eu. Nem cerveja estava bebendo.

Quase um ano depois um amigo nosso casou e eu fui com o terno do meu casamento.
Inacreditável. Tem até uma foto para provar. Mas, estou parecendo um cadáver. Havia parado de tomar uma pílula de urucum para manter a cor. 
Nesta altura do campeonato a vida não estava fácil e não ia ao médico. Todo mês ele trocava as vitaminas e florais. Cada ida era uma cacetada no bolso. Sem essa de plano de saúde.

Então, a crise nos obrigou a voltar para Rib's e recomeçar a vida. Mesmo assim, para comemorar, a família promoveu um churrasco. Eu, caí de boca em tudo o que era animal e cervejal. Pensava que poderia controlar o peso dali por diante.
Claro que não. Em pouco tempo engordei tudo de novo e mais um pouco. Fraqueza da carne.

Agora o lado trágico e cômico.
Quando mudamos para esta infernal terra estava magro. Com aquela cara de zumbi.
Quando estava voltando ao sobrepeso normal (o alto da gangorra) encontrei um conhecido lá de Jaboticabal. Ele me abraçou meio que afastado. Aquele abraço hétero se me entendem. Encostando o mínimo possível. Não estranhei porque sou assim. Conversa vai conversa vem ele entregou. 
Disse que o pessoal de minha convivência em Jaboticabal dizia que havia saído da cidade porque estava com o vírus da AIDs. Por causa da minha magreza. Era o auge dos problemas oriundos do vírus.
As pessoas são, acima de tudo, maldosas. O cara emagrece não para ficar saudável mas, porque pegou um vírus.
Durma-se com um barulho desses.


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