domingo, 9 de setembro de 2012

Campeão político

Para o esporte a motor, o GP de Monza não poderia ser pior. A punição dada a Vettel após a disputa de posição com Alonso foi absurda - tão absurda quanto aquela do GP da Alemanha, já comentada aqui. Mais uma vez, revelou-se que as autoridades da Fórmula-1 preferem a Ferrari, que dá dinheiro, que leva na caragem o símbolo do banco que está estampado em quase todos os autódromos do mundo - inclusive nos troféus em forma de bosta.
Existem critérios diferentes para a Ferrari e para os adversário da Ferrari. Qualquer um que se meta no caminho da Prima Dona vai ter enroscos. O time mafioso vermelho teve a vitória mais decisiva do ano ao conseguir a proibição do mapeamento de motor, que fez o rendimento dos carros Red Bull cair muito. Ainda assim, Vettel teve uma peformance memorável na Bélgica, diminuiu a diferença para a Prima Dona e vinha andando bem em Monza até ser punido injustamente.
No ano passado, Alonso realizou exatamente a mesma manobra sobre Vettel que, mesmo com a atitude antidesportiva de Afonso, conseguiu a ultrapassagem na freada da segunda chincane. A diferença, na verdade, esteve na habilidade que teve Vettel e não teve Alonso para completar a manobra. A Prima Dona esbravejou no rádio e os homi de vermelho conseguiram a punição para Vettel.
Vejam, abaixo, as manobras de 2011 e 2012.




O ponto não é a justiça ou injustiça da punição, mas a diferença de critério entre o tratamento que foi dispensado ao Vettel e a Prima Dona. Não se pode dizer que o Alonso foi menos sujo porque o Vettel colocou menos rodas na terra: a conduta do alemão foi exatamente igual a do espanhol.
É uma pena termos uma temporada em que fica tão clara a escolha política, escolha esta decorrente, sem dúvida, do dinheiro injetado pelo banco Santander. Já há um campeão eleito e, qualquer coisa que desvie do resultado previsto, não será outra coisa que não um acidente de percurso.

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