terça-feira, 26 de julho de 2016

APERTEM OS CINTOS: OS PATETAS ASSUMIRAM

Em princípio sou contra as mensagens de rádio. Prefiro os velhos tempos em que os pilotos tinham que se virar para decifrar a esfinge ou abandonar.
Mas, eram outros tempos. Câmbio mecânico, carros sem volante hidráulico, motores que cuspiam fogo. Poucos dominavam a força bruta (bonito. Força bruta).
Hoje os carros são, como dizem, naves espaciais. Piloto, além de rápido, tem que ser doutor em cibernética.
Ou depender do rádio para acertar a posição dos 'centos botões do volante. Lembro que um tempo atrás Pastor sem ovelhas ( que saudade) bateu num treino porque não se entendeu com o volante. Não em virar para cá ou para lá. Entretido com as estações de FM, acabou no gradil. Para nossa alegria.
De uns tempos para cá colocam na transmissão algumas comunicações dos boxes e o piloto. Principalmente mimimis. Fulando reclama com a tia que Cicrano não sai da frente. Ou que pegaram o ursinho de pelúcia dele. Ou que a mamadeira acabou. Ou, aí sim, xingamentos generalizados para o engenheiro. Vodkanem e Mimadon são meus preferidos. Sempre prontos para dar um pontapé no saco de alguém.
O tempo passa e resolvem que: "pera aí. Tem muito blá-blá-blá no rádio. Vamos cortar esse barato."
Algumas coisas são proibidas. O quê, exatamente?
Entra o decifrador de portarias (o analista judiciário). Ninguém se entende.
Vem mais proibição. 
Dependendo do caso o piloto recebe aviso e tem que ir ao boxes. Nem que seja para dar tchauzinho para os meninos do bar.
Só para constar Chapolim Perez estava com problemas de freio na Áustria e não tinha consciência da gravidade. Ficou sem freios na última volta e estampou o gradil. A equipe não podia informá-lo.
Na Hungria, com mais restrições, Butão foi informado sobre o freio com pane hidráulica. Foi aos boxes e mesmo assim foi punido.
Esperneou com toda razão. Se é para interpretar as "leis" do jeito que estão interpretando o melhor é cortar todas as comunicações e ficarmos só com as plaquinhas. 
Melhor ainda: voltar aos velhos tempos. 
Do jeito que vai não vamos.

Mariana diz que ele sempre tem razão


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