quarta-feira, 17 de maio de 2017

SOBRE O POST ABAIXO

Também sou fã de Rubem Fonseca. Não vou me atirar em razões porque certos gostos e encantos vem de alguns lugares, muitas vezes, escabrosos. Do coração, do estômago, das tripas. Pode haver, até mesmo, uma mistura de tudo. 
Escrever não é batucar as teclas, ou rabiscar palavras com lápis/caneta.
Um tempo atrás (lá em sampa) resolvi que seria jornalista e escritor ao mesmo tempo (quá, quá).
Enchia o rabo de cerveja e batucava a máquina de escrever portátil que véio Mero ganhou como descarte de seu serviço. Depois de alguns escritos resolvi que brigar com as teclas tortas estava atrapalhando minha concentração. No final concluí que não iria ser escritor porra nenhuma. Era ruim mesmo. Porém, fiquei com a cerveja.
Quando leio um livro a primeira coisa que admiro é a coerência da narração. Unir personagens, situações e enredo desde a primeira cena até a última não é tarefa fácil. 
E, mais árduo, prender a atenção do leitor. Rubem consegue, pelo menos no meu caso.
Não lembro agora mas, tem um conto (creio que o personagem Mandrake) em que fala-se sobre diversos instrumentos cortantes e a maneira como eles "induzem" a morte. Arrepiante.
Enfim, traçando um paralelo, sempre digo aos meninos que os Beatles são o ápice da música "ocidental". Reuniram diversos ingredientes, jogaram num enorme tacho e mudaram o mundo.
Até suas músicas ruins são boas. Nem liguei quando, recentemente, Keith Richard menosprezou a banda. Pura inveja.
Ôpa!
Chegamos ao ponto. Procurei Sergio Rodrigues no Google (esse instrumento satânico). Desculpem minha ignorância. Sei quem é Keith Richard. Não sabia quem é Sergio Rodrigues.
Sei que, quem nasceu para Sergio nunca chegará a ser Rubem. Por isso, tal qual o músico, vamos descer a lenha no inatingível. 

Um comentário:

  1. Eu, honestamente, acho que você tem mais talento com as teclas do que com a cerveja. Apenas insistiu menos nelas.

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