sábado, 20 de abril de 2013

SER HUMÃE

Tive uma professora na facu de Direito que dizia acreditar em destino. Dizia que nosso destino está traçado no Código Civil. Não há como escapar de seus artigos a nortear nossa existência.
Mas, o que vem a ser o destino de cada um de nós?
É aleatório ou escolhemos o caminho terreno antes mesmo de nascer?
Sei que à medida que crescemos o meio influencia no que "queremos ser".
A família, os amigos, as circunstâncias. Mudamos nossos planos futuros de acordo com a maré. E, como diz a música eternizada por Zeca Pagodinho, na maior parte do tempo a "vida leva eu".
Eu disse circunstâncias. Devemos nos preparar para a chamada vida adulta (que é um saco). Perguntamos para um para outro, pesquisamos profissões e tudo mais. A escolha nunca é do nosso agrado, pelo menos num primeiro momento. 
No fundo, o que rege a vida são os planos quase sonhos. Uma casa no meio da mata, com muitos bichos. Tá certo, tem um pai que vive falando da insegurança de se morar no meio da mata numa cidade grande (aqui do lado tem uma mata dessas). Fora o custo disso tudo. Mas, são detalhes.
Um dia, essa vida de faculdade, balada, teclar com amigos, planos/sonhos sofre o que os antigos diziam uma trombada de FNM (que era um baita caminhão).
Planos, sonhos, faculdade, amigos e até família, em algumas ocasiões, ficam para segundo plano.
Um novo Cógido Civil é editado em sua vida. E, passa a literalmente ordenar.
Vale o comentário de nunca se submeter e ter que obedecer aos ditames de uma maquininha de fazer cocô.
Para essa maquininha não existe o tempo. Qualquer hora é hora de querer mamar, chorar, exigir atenção, trocar fralda, chorar sem motivo, chorar com motivo e etc.
Mudança no corpo, hormônios, na vida, nos sonhos. Planos? Serão adiados. Mas, serão retomados. Assim é a vida.
Aconteceu com Mariana uma trombada dessas.
Ainda está assimilando e fazendo uma leitura de seu Código Civil. Ele está ali, neste instante (cinco e meia da la matina), no berço ou na cama (não sei) junto dela. Por incrível que pareça e, como os véios disseram, hoje dorme quase a noite inteira. Afinal, é um Código com mais de um ano de vigência. Vai amadurecendo.
Enfim, a vida aos poucos vai sendo retomada. Vida antes da trombada, bem entendido. Henrique veio para dar um novo significado nisto tudo. Bagunçou o coreto e impôs nova ordem. Tem até um escravo favorito.
Mariana fez aniversário dia 16 de abril. Não vou dizer a idade porque já entra naquela fase em que a mulher esconde o tempo passado.
Sei que, vendo o carinho com que ela trata o filho, o amor que envolve Henrique cada vez que chega da faculdade enche os pais de orgulho. A maternidade, mesmo sendo uma trombada, trouxe um amadurecimento na marra. Um novo sentido na vida. Novas alegrias. Henrique cresce rápido e já aprendeu a fazer gracinhas (piscadinhas, beijos e etc) como salvaguarda para as artes. Não há honorários de sucumbência que paguem tudo isto.
O novo Código Civil veio para dar um lindo rumo/destino na vida (não só) dela.
Quem viver verá.
Parabéns Tamãe.

Mariana e o Código Civil

3 comentários:

  1. Como sempre emocionando os seus leitores, principalmente aqueles diretamente envolvidos nesta trama.
    É tudo a mais pura verdade ...
    E fica um ensinamento: aprender com os percalços. Sublimar o que julgamos ruim, permanecendo em nós apenas o que há de melhor.
    No nosso caso, ganhamos um presente da vida que está preenchendo o nosso tempo (literalmente) enchendo nossa casa de alegria.
    Filha, parabéns pelo seu aniversário e pela mãe amorosa que tem se revelado.
    Mas da próxima vez prepara a gente tá ... rarará

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  2. Linda mae, lindo menino. E, aproveitando a deixa, linda avo tambem (fizeram sucesso as fotos da defesa da dissertacao do chefe do blog)

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