sábado, 17 de abril de 2010

Menino rápido, veterano nem tanto...

E o tal de Vettel, que surgiu como um raio há poucos anos na F-1, mais uma vez sairá na pole position. Basta fazer tudo direitinho para somar mais 25 pontos no mundial.
Webber tem andado bem, mas andar bem não é suficiente para superar o fantástico alemão de 22 anos.
Alonso colocou quatro carros entre ele Massa, que afirma ter perdido muito tempo cometendo um erro na última curva da pista de Xangai. Vamos ver se o brasileiro consegue se recuperar, como fez na Austrália.
Schumacher, mais uma vez, ficou bastante atrás de Rosberguinho. Eu imaginei que na quarta corrida do ano os dois já estariam andando pau a pau. O pessoal tem pegado muito no pé do heptacampeão. Não precisa tanto. Imagino que, sem possibilidade de testar - e sem mecanismo Ross Brawnianos para segurar o Nico - demore até o meio do ano para o Schuchummy pegar a mão da coisa novamente.
Hoje, na transmissão da TV oficial, foi dito que Schumacher nunca respondeu bem à pressão. Isso é verdade, mas em termos. Ele cometeu alguns erros estúpidos em momentos de pressão: as batidas em Hill e Villeneuve são exemplos claros; deixar o carro morrer (ou o carro suicidou-se?) no GP do Japão de 1998, quando decidia o título com Mika Häkkinen, é outro; a batida na traseira de Takuma Sato, também no Japão em 2003, quando lutava pelo hexa foi, igualmente, um erro cometido por ansiedade e nervosismo em momento de pressão . Por outro lado, veja-se a decisão do título em 2000: Schumacher foi soberbo na ocasião.
De todo modo, esses são exemplos tirados de situações isoladas. Uma oposição consistente dentro da própria equipe é algo que Schumacher não enfrentou. Talvez, na Ferrari, tenha havido uma exceção, justamente na temporada de 2003, quando Barrichello foi constantemente mais rápido que o alemão, especialmente após o GP da Inglaterra. Será que andar menos que o companheiro sistematicamente tira Schumacher dos eixos? Ou trata-se, apenas, de um veterano que não corria há três anos e que precisa de rodagem para voltar à boa forma? São respostas que só o desenrolar da temporada vai trazer.
Pessoalmente, ande mais ou ande menos que os outros, eu aplaudo a volta de Schumacher, embora nunca tenha gostado do cidadão. Foi uma atitude de coragem, pois desde o início ele sabia que voltar significaria, necessariamente, dar a cara a bater. E, na F-1, as pessoas batem. Sem dó.

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