sábado, 24 de abril de 2010

AQUELES QUE TUDO SABEM

Neste país do futebol é comum que as pessoas envolvidas com um tema acabem pensando que são os batutas do pedaço (batuta do pedaço é uma expressão de minha avó. Quer dizer os bons). Na maior parte das vezes nem chegam perto disso.
No fim de semana do GP da China tive que exercitar meu lado de monge tibetano. Necessário dizer que esses monges, de vez em quando, exercitam seu lado rambo pondo o templo abaixo. Afinal monge também é gente. E, haja saco!
Enfim, constatada a queimada de largada da prima dona alfonsina fui obrigado a ouvir do bueno da vida aquele “eu já desconfiava”. Pelo menos afirmou que não arriscou dizer por que não tinha certeza. Mas fica aquela sensação de que o cara se acha o batuta do pedaço. Lembrando sempre (uma expressão que ele adora, por sinal) aquela vitória do Berger em 1991 no GP do Japão que deu o título ao Senna, quando o próprio Senna deixou o seu amigo ultrapassá-lo praticamente na linha de chegada. O nosso bueno explodiu em “eu já sabia, eu já sabia” absolutamente constrangedor. Se a gente estivesse no buteco, de madrugada aqui no Brasil, assistindo o GP é claro que todo mundo estaria pulando de alegria, derramando o liquido precioso aos berros de “eu já sabia, eu já sabia”. Mas, o cara é o galvão da emissora mais poderosa do pedaço. Muito chato.
Li também, e pior, um desses pilotos frustrados que virou jornalista escrever que apesar de todos os sensores tal e coisa o alfonsino não queimou porra nenhuma.
Lógico que em alguns casos o cara tem que ser do contra para aparecer. Mas, nessa queimada quem se queimou foi ele. Nem o Alfonso reclamou....

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