domingo, 18 de abril de 2021

LAMBÃO EM EMÍLIA ROMANA (ÍMOLA) 2021

 Dona Gertrudes ligou alucinada após o GP de Ímola/Emília Romagna e quetais. Primeiro queria saber se os pontos seriam dobrados pela bagunça da nomenclatura do Gp. Respondemos, "sei lá". Vários palavrões depois nossa querida cozinheira e antiga integrante de várias equipes dos anos dourados declinou seu voto para o lambão de Ímola ou seja lá o que seja. 

Lewis Hamilton, segundo ela, seria o agraciado com o leitão porcamente assado. "Cagou ao ultrapassar os retardados, quero dizer, retardatários e saiu da pista perdendo a chance de vencer". O blog ponderou dizendo que Mad Max errou numa relargada, dando o pé cedo demais, rodando e dando uma sorte tremenda ao não perder posições. Ela berrou argumentando que, então, Sergio Perez deveria saborear o leitão pelas inúmeras cagadas durante a prova. Berros daqui e dali, dona Gertrudes abandonou a disputa. Foi, segundo ela, pegar mais uma latinha na geladeira do local de onde acompanha a pandemônia. 

Deste modo, o blog resolveu agraciar o piloto com o leitão porcamente assado de dona Gertrudes com nosso Grosjean, numa maldonadice com o safety car em campo.




ôpa. Desculpem nossa falha. A equipe é a mesma, a situação muito parecida. Enfim, na minha opinião, um demorou demais para perder o assento e o outro sentou por causa do nome.

Mick Schumacher tem a carreira impulsionada pelo sobrenome. É duro. Entendemos. Mas, não podemos deixar de agraciá-lo com o leitão do dia pela maldonadice perpetrada em safety car.

Assim, leva o dito leitão entregue via Tartadurex recheado com livros de auto ajuda sobre como lidar com o legado paterno. 





sábado, 17 de abril de 2021

GARIMPANDO

 Dando um rolê no youtube encontrei essa versão de bohemian rhaposdy cantada pelo elenco de Muppets Show. O espetáculo, no brasil, era apresentado aos domingos pela manhã. Assistia nos meus tempos da Facu de Química. 

Mas, vamos ao show...




quinta-feira, 15 de abril de 2021

CHOCANTE

 Todos sabem que não gosto da F-E (a chocante) por falta de circuitos decentes, punições esquisitas semanas após a corrida terminar, esse modo mário kart, som ridículo de zabeias enlouquecidas e etc.

Agora, a categoria está sendo transmitida pela TV Cultura. Bom, no domingo tentei assistir o GP de Roma. Os pilotos tem recursos, na minha opinião, contrários ao esporte como fanboost (nosso fã bosta), modo ataque e coisas do gênero. A nossa Stock Car também tem essas coisas. Enchem o saco, em verdade.

Voltando, Lucas Di Grassi vinha em oitavo lugar quando em plena reta levou uma encoxada de Sébastien Buemi e foi para o muro abandonando a prova. É uma rivalidade antiga mas, não se justifica tal atitude.

O que aconteceu com Buemi? Continuou na prova chegando em oitavo lugar. Punição? A direção de prova avisou que viria no final da prova. Ou seja, iriam passar o pano. 

Não deu outra. Cinco segundos de punição. Coisa horrorosa. Na próxima vez aposto que Di Grassi vai devolver a encoxada. E, levar cinco segundos. Ou não.

É uma categoria cheia de pilotos bons, equipes de primeira grandeza mas, com um regulamento e gerenciamento ridículos. Não dá.


 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

VELHOS TEMPOS

 Lembro que meus primeiros contatos com problemas mecânicos nos carros da família deram-se lá nos anos sessenta. Um marcante ocorreu na volta de "Santios" e o bravo fusquinha branco. O clã Onofri foi em caravana com colegas de véio Mero. Na subida, via Anchieta, o fusquinha abriu o bico. Sei lá. Calor, excesso de peso, velhice, motor fraco, ressaca, muita comida no "estrômo". Sei que encostamos e logo havia uma reunião de entendidos em volta do motor desfalecido. Zilhões de palpites depois, alguém deu o veredito. A centralina está quente demais. Na ocasião não tinha a menor ideia do que era. Hoje (ave google) sei que é um dispositivo que, na época, tinha a função de controlar a entrada do combustível e ar nos carburadores. Bom, a solução foi arrumar um pano encharcado com água e envolver a dita até o carro voltar do desmaio. 

A partir daí, toda vez que um carro apresentava problema eu dava o diagnóstico de entendido: "é a centralina". Mesmo que fosse um pneu furado.

Pois bem. Quando vi esta foto no site "Por Dentro dos Boxes" lembrei imediatamente do episódio do fusquinha desmaiado


Pista de Reims (França) em 1966. O carro Ferrari desmaiado, o piloto Lorenzo Bandini tentando dar um jeito e a junta de médicos em volta. Tenho certeza que o sujeito de roupa escura e óculos está dizendo "é a centralina, Lorenzo".

quarta-feira, 7 de abril de 2021

O MEME E A FLAUTA


 Sem mais.

sábado, 3 de abril de 2021

CHUMBO AMIGO

 Quem nunca?

Não vale o chumbo de colegas. Aquele em forma de bullying que todo mundo já sofreu na vida.

Já sofri o chumbo amigo (no caso "amigo")  literalmente. Acho que já contei esta história em algum lugar por este blog. Mas, recordar é viver.

Lá nos idos dos anos sessenta, rua Djalma Forjaz e meu amigo (ou equivalente) César Locão. Tem muitas histórias dele aí atrás. Pois bem, César tinha uma espingarda de chumbinho. Aquelas de pressão. Teoricamente não mata. Mas, dói, e, dependendo da distância do tiro machuca feio. 

Em uma ocasião, não sei bem porque, estávamos eu e o meu "amigo" andando pela mata abaixo da escola de bombeiros no chamado Barro Branco. A escola ficava numa elevação e, ditadura militar, o local era vigiado constantemente. A ideia era caçar passarinhos. Num dado momento olhei para cima e vi dois soldados fazendo gestos para que nos afastássemos do local. Avisei César Locão que, arma em punho, balbuciou algo como "meu pai é sargento da PM". Até aí tudo bem, era verdade. Mas, os carinhas lá em cima não sabiam. Observavam dois moleques andando pelo matagal com uma espingarda. Avisei que iria sair do matagal. Locão apontou a espingarda para mim e disse que meteria um chumbinho sei lá onde no meu corpinho. Bom, nem é preciso dizer as razões do César porque era Locão, nénão?

Então, tive um desses lampejos inexplicáveis. Avistei um pobre pardal e apontei ao "amigo". Ele, esqueceu as ameaças e mirou na ave. Atirou, errou, e quando voltou-se para o rebelde este estava longe correndo mata afora. Pois não é que o fidapu carregou a espingarda e atirou no pobre "amigo"? Ouvi o barulho do chumbinho no mato próximo e engatei uma quinta. Corri até nossa rua (já qualificada nos autos) entrei em casa a salvo e fiquei um tempão dando um gelo no amalucado. 

O post é sobre um chumbo amigo envolvendo Mark Webber e Fernando Alonso (nosso mimadon). Os dois são, ou eram, amigos. O australiano deu uma entrevista dizendo que a Alpine/Renault não deveria ter contratado aquele que se acha o melhor do universo porque, porque.... está véio.  

Mais ou menos assim: a Alpine/Renault deveria investir num jovem piloto porque numa dessas contratam um novo Hamilton, Verstappen, Leclerc ou um novo Alonso (de vinte anos atrás). Mas, contrataram um véio de quarenta anos que pode ser bão mas, será que vai longe? 

Uma declaração dessas vindo de um amigo é mais que um chumbinho na bunda.


muy amigo



quarta-feira, 31 de março de 2021

ESPECULAÇÕES

 Se existe uma coisa que o ser humano gosta é palpitar/especular e embasar a bagaça toda em fatos tão concretos quanto castelos na areia. 

Uma lembrança que adoro ter no arquivo da memória vem lááá dos anos sessenta começo dos setenta quando parte da família se reunia nos domingões da vida. O clã Onofri e os Gomes. Na Mooca pertim do clube Juventus. Meu tio Durval (Durvá para os íntimos) por parte dos Gomes e véio Mero (já qualificado nos autos) sentavam à mesa e desandavam a especular sobre o cotidiano. Lógico que regados com Antárticas (a bebida preferida de meu tio). Eu, que não bebia na época, sentava num canto ouvindo o que seria a solução para os males do mundo. Desde o casamento do reibeto até a inflação que consumia o salário nosso de cada mês. Meu pai era mais raiz, ou seja, chute no saco puxão de cabelos e dedo nos zóios. Meu tio Durvá era mais da conversa mole. Muitas considerações iniciais e nenhuma solução no final. Mas, era um momento único de duas pessoas que faziam parte do meu cotidiano e, de certa forma, moldaram o sujeito que sou. Uma das espantosas conversas girou, certa vez, acerca da emancipação feminina. Meu tio Durvá (para os íntimos) teceu considerações enaltecendo as mulheres o que não era condizente para a época. Resumindo: elas deveriam ter culhões dominar os homens e botar ordem na porra do mundo. Véio Mero quedou-se em silêncio (italianão que era). Fiquei de olhos arregalados  diante de um discurso tão moderno vindo de alguém que desrespeitava minha tia (melhor não falar). Momentos etílicos mas, verdadeiros. Enfim, a velha e boa dicotomia.

Bom, me perdi no post. 

Ah, lembrei.

Muitas especulações rolam sobre o futuro dos pilotos da Mercedes para 2022. Correm boatos que seriam Max (Mad) Verstappen e George Russel. Bão, aqui entra a especulação do blog. Lewis Hamilton é o primeiro piloto da equipe e pronto. Por mais que Valtteri Bottas diga e brigue nas corridas o planejamento antes e durante visa o desempenho do britânico. 

E, historicamente o desempenho das escuderias é mais positivo quando um piloto é destacado para comandar a bagaça. 

Então, será que a Mercedes iria juntar dois pilotos jovens, fogosos, e cheios de energia? Especulando diria que não. Entre os dois ficaria com o mais barato. George Russel. Tem mais. Dona Mercedes não está mais com a bola toda. Agora que os Toro Seniores tem um carro a desafiar os "lemães" Verstappen largaria a rapadura?

Minha especulação. Lewis Hamilton vence em 2021 quebrando mais centenas de recordes, larga o osso, Russel é promovido tendo como segundo piloto nosso grande Rubim.

Quem viver verá.

terça-feira, 30 de março de 2021

DISCUSSÃO APÓS O EVENTO

Algumas discussões após eventos (seja qual for) podem ser hilárias. No meu tempo de Química (há muuuito tempo atrás) as conversas após uma noite de bebedeira pareciam coisas de manicômio: ninguém lembrava direito o que havia acontecido por causa do efeito alcoólico. 

Mais ou menos o que ocorre nas declarações após o GP de Bahrain. O mais chato versa sobre o limite de pista. A F-1 em nome da segurança (?) retiram, com muita frequência, a brita dos autódromos colocando, em seu lugar, asfalto. Além da zebra ser domesticada não danificando o carro. Lógico que os "meninos" vão usar os limites de pista usando a área de escape como quintal de casa. A solução, para o abuso, são os sensores que, nos treinos, deletam a volta do espertinho. Porém, na corrida a regra é nebulosa. Pode sair mas, não pode abusar. Neste GP especificamente a área de escape da curva 4 foi liberada. Hamilton, na dele, usou e abusou até a direção de prova avisar que não pode. Como assim? Pode ou não pode? Pode, mas não pode abusar. Uma zona total. E, pode piorar.

Veio o lance da ultrapassagem de Verstappen sobre Lewis. O belga/holandês/marciano saiu da pista logo após a ultrapassagem burlando o regulamento. Levou uma baita vantagem com a ação. Devolveu a posição (os caras da TV não ouviram meus berros quando da ultrapassagem no sentido de "tem que devolver a posição". Só entenderam de fato no final da corrida. E, dizem que são do ramo) e ficou no mimimi. Disse que abriria cinco segundos de vantagem fácil fácil compensando a punição. Será? E será que a punição seria de cinco segundos? Poderia ser de dez.

Enfim, uma discussão facilmente evitável se houvesse brita na porra da curva 4. Hamilton a respeitaria ou atolaria. E, por aí vai.

Toda essa polêmica tira o brilho da primeira corrida da temporada.

Outras discussões mais interessantes se levantam.

Por exemplo: Vettel foi mal pácarai. Nos treinos e na corrida. E, sem Ferrari. Penso que deve pedir o boné no final da temporada ou levará um bico nos fundilhos. Tá certo que a Aston Martin andou para trás Mercedes verde que é. Mas, ou Sebastião ajuda a gente ou vamos desistir dele.

Por enquanto é isso. Ah, só para constar o boca suja do Gunther Steiner (nosso Guenta Sentado) saiu em defesa do indefensável Nikita Mazepin. Declarou que o período de pré-temporada conturbado contribuiu para o estado de espírito do playboy russo. O que uma boa grana não faz.

segunda-feira, 29 de março de 2021

LAMBÃO EM BAHRAIN -2021

 Em conversa com o chefe do blog discutiu-se a substituição de Pastor Maldonado pela figura de Nikita Mazepin como símbolo das maldonadices GPs afora. Seria então Mazepinice.

O homem gosta de rodar. Pensamos que a Haas vai gastar toda a grana que o russo entrega em peças de reposição. Resolvemos aguardar os próximos capítulos para decidir acerca do símbolo. Uma chance ao playboy.

Mas, vamos ao que interessa. Dona Gertrudes está isolada em algum lugar do mundo. Mas, disse que seus leitões estão junto e a iguaria está garantida. 

Nem é preciso muito esforço para a entrega do leitão porcamente assado pela maldonadice do dia. Nikita Mazepin conseguiu a proeza de rodar logo de saída. Como já havia perpetrado a lambança em todos os treinos leva o prêmio. 

Dona Gertrudes tentou argumentar que Vettel merecia pela encoxada em Ocon. Uma barbeiragem digna de Mr. Magoo. Mas, ela tornou-se amiga do puto Putin e foi declarada suspeita. 

Então, o leitão vai ser entregue, via Tartarudex, onde quer que o jovem russo declare sua residência. Como é filho de um quaquilionário envolvido com negócios petrolíferos dona Gertrudes preparou um molho especial com sobras de lubrificantes. 




sábado, 27 de março de 2021

O DESAFIANTE

 Quando assistimos vídeos do mundo animal o líder da bagunça acaba sendo desafiado, em algum momento do reinado, por algum pimpolho novinho cheio de energia. Então, várias porradas depois, ou o novinho se ferra, ou leva a melhor desbancando o "velho".

Faz algum tempo que o velho Hamilton é desafiado por algum novinho cheio de empáfia. Um deles foi esperto, deu uma surra no "véio" e pediu aposentadoria da bagaça deixando Lewis a ver navios acerca de um troco qualquer. Nico Rosberg vai contar aos netinhos como foi campeão  na mesma equipe que o grande Hamiltão. Tá certo. Nico tem mais ou menos a mesma idade de Lewis. Não é novinho mas, vale a comparação.

Hoje, primeiro dia treino oficial da temporada de 2021, um novinho (de fato) deitou e rolou sobre as Mercedes (sobre Hamilton porque Bottas não conta, tadinho). 

Max Verstappen finalmente tem um carro veloz e superior (hummm). Fez a pole e tornou-se o sujeito a ser batido. Penso que devemos ter cuidado com o andor. A primeira corrida nem aconteceu. E, Mercedes é Mercedes. A cara do nosso Totó Lobão após o treino oficial diz que não assimilou muito bem a surra. Vai chutar algumas bundas.

Enfim, aguardemos os próximos capítulos. Lembrando que os Toro "erraram" na estratégia de pneus do nosso Chapolin Perez que larga em décimo primeiro. Começou cedo a fritura com molho mexicano.

De resto, a boa classificação do Charles Leclerc (o monochato) saindo em quarto depois de ficar, o tempo todo, atrás de Carlos Sainz Jr. 

É isso.


sexta-feira, 12 de março de 2021

COMEÇOU

 Quando mais menino que hoje lembro, lá nos anos sessenta, as transmissões futebolísticas pelo rádio. Na voz do locutor viajávamos até o campo imaginando as jogadas entabuladas pelos nossos ídolos. E, naquele tempo, quando tudo era mato, os ídolos eram raiz. Não vamos nos aprofundar porque o motivo do post é outro. Só para lembrar que o inesquecível Fiori Gigliotti abria a transmissão com o bordão "abrem-se as cortinas, começa o espetáculo".

Enfim, começaram as atividades da F-1 para o pandemônico ano de 2021. Lá em Bahrein palco da primeira corrida no final deste mês. Como são testes pré-temporada não importa muito o resultado inicial.

Como destaque a quebra de um carro que o blog vai "secar" a temporada toda por conta do que aprontaram com Vettel.


A Ferrari deixou Leclerc na mão o que não quer dizer muita coisa neste início de trabalhos.

Outro destaque foi a tempestade de areia que não é comum por aqui mas, presente naquela região.

Na foto Verstappen na "chuva". Não li sobre o problema que a areia fina pode causar aos carros. Mas, imagino que ocasionam algum dano.




segunda-feira, 8 de março de 2021

Tombos, cicatrizes e nomes incomuns - 1ª parte

Ela veio de Porto Alegre por avião. Pousou em Guarulhos e deve ter sido arranjado um serviço especializado para levá-la ao nosso apartamento - morávamos, então, na rua Frei Caneca. Desci à portaria quando a chegada foi anunciada pelo interfone.

Minhas tentativas de possuir uma como aquela já vinham de anos. A última delas, depois de ter recebido algum dinheiro como presente de aniversário da minha avó, resumiu-se a duas montadas curtas antes que um ex-namorado da minha irmã - coincidentemente ou não, também um ex-amigo meu - tentar uma intervenção e, como consequência, levá-la definitivamente ao óbito.

Estou disposto a admitir que a referida intervenção fosse necessária, mas talvez não suficiente para salvá-la. Entrando de improviso em uma oficina, perguntei: “o senhor vende também usada?”. Ao que me foi respondido: “tenho estas duas aqui”. Consultei o preço e, calculando o dinheiro que tinha no bolso questionei, atipicamente: “o senhor não faz por R$80?”.

Até hoje, lembro-me bem da expressão facial daquele homem que cogitava gravemente sobre minha proposta. Uma meditação tão profunda não é comum entre os comerciantes, dispostos a descartar prontamente o que não maximize seu ganho. O adiamento da negativa me deu esperanças de que o negócio fosse fechado, como de fato foi. Minha alegria, no entanto, impediu-me de perceber que, por valor tão irrisório, ela não durasse, como não durou, mais que duas vezes e uma intervenção.

Minha irmã foi protagonista, ainda, de uma outra experiência traumática. Antes da minha aventura no mundo dos negócios para aquisição de um exemplar não apenas usado, como também consumido pelo tempo por 80 reais, houve um longo período em que não tive bicicleta. Compartilhava, então, justamente, a de propriedade da minha irmã em um acordo que não impunha muitas condições restritivas. Uma das poucas referia-se ao âmbito geográfico em que era permitido o uso do equipamento: ir até a Última Rua do bairro estava fora de questão.

A Última Rua conotava uma espécie de linha de segurança entre nosso mundo e o desconhecido. Nela, localizava-se a igreja da Paróquia de São Judas Tadeu, mas o que se via depois dali era um imenso espaço preenchido apenas por mato mal cortado e árvores rarefeitas.

Todos tínhamos respeito por aquela fronteira simbólica, mas o cumprimento do arranjo estipulado com minha irmã tornou-se difícil quando se descobriu uma trilha que passava por um terreno baldio além da Última Rua. A trilha permitia um mergulho pavoroso e veloz em um universo desconhecido. Secretamente, percorri o caminho algumas vezes e, como a trilha tornara-se um frisson na rua em que morávamos, e as experiências nela vividas eram debatidas abertamente, minha irmã já desconfiava que eu guiava ilegalmente por aquelas bandas.

A trilha passava pelo mato, desembocando novamente no bairro por uma rua atrás da igreja. Numa certa ocasião, ao deixar o caminho de terra e iniciar o trajeto na área asfaltada atrás da igreja, notei a presença de um homem que me olhava fixamente, andando no sentido oposto ao meu. Tentei desviar, mas ele me cercou. Não pensei, ou não tive coragem, de correr na direção contrária. A única coisa que me ocorreu foi a cogitação de que o homem quereria roubar o boné que eu trajava - um boné falsificado com o emblema dos Chicago Bulls, a que eu atribuí um valor muito maior que ao da bicicleta.

“Baixim, desce da bicicleta, tô com um revólver aqui”. Até hoje, minha irmã não me perdoou.

(a inspiração para esse texto está aqui e a sua continuação, por vir

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

BICICLETAS

Leio que um dos pilotos que adoramos detestar, Fernando Alonso (nosso Mimadon), sofreu um acidente ciclístico arrebentando a cara e, claro, comprometendo seu início de temporada. Por mais que digam que tudo bem vamos reconstruir a mandíbula e repor dentes e etc.

Alguns pilotos adoram bicicletas e seus perigos. Um amigão do espanhol, Mark Webber, quebrou a perna em 2008 e, em 2010 quebrou o ombro escondendo a lesão da equipe.

Bom, o pessoal que cabe numa Kombi que acompanha o blog tem conhecimento dos meus pedidos para o filho da puta do Noel lá nos anos 1960, em Curitiba. Uma bicicleta adequada ao meu tamanho. O gordo nunca atendeu meus pedidos. Dia 26 de dezembro lá ia eu olhar atrás do paiol para ver se o Noel havia atendido meu pedido. Sempre em vão. Mas,  já pedalava uma bicicleta cheia de histórias. 

Ela era oriundi da Itália.  Aro 28 e meio. Significava um tamanho inadequado para um menino de oito anos mais ou menos. Sei que ela ficava pendurada no paiol. Esquecida pelo véio Mero que a  herdou e, não sei como, levou a relíquia para Curitiba. Um belo dia resolveu que seu primogênito iria herdar e domar a "italiana". Eu não alcançava os pedais sentado no banco. Sem problemas. Véio Mero dava o embalo e eu que me virasse. 'Centos tombos depois, e várias broncas pelos fracassos, resolvi andar por dentro do quadro. Era do cacete. Mas, aprendi a andar com a relíquia. 

A partir daí o paraíso. A "italiana" era mais veloz que as bicicletas de meus amigos das redondezas. Mais difícil de "pilotar". Mas, ganhava todas as corridas. Construí uma relação de fraternidade com a "grandona". Consertar pneus furados, encher de graxa seus orifícios (alguns sem necessidade) e a consolar quando riam de seu tamanho desproporcional em relação às rivais.  O tempo passou e mudamos para sampa. A "italiana" ficou em Curitiba. Penso que doada para algum amigo do véio.

Em sampa, alto do Mandaqui, o buraco era mais embaixo. Como sabem morávamos numa ladeira. E, nada de bicicleta para o primogênito. Tempos bicudos, verdade. Porém, um belo dia meu irmão ganhou uma bicicleta para meu desgosto. Eu, com uns doze anos e ele com uns sete. Portanto, uma bicicleta pequena. Uma tal Monareta. Mais ou menos como na imagem abaixo.


Lógico que eu comecei a "testar" a bicicleta assim que possível. Tirei o banco traseiro e a proteção de corrente. Logo comecei a zanzar pelas redondezas com a dita. Se em Curitiba sofria bullying pelo tamanho avantajado, em sampa sofria bullying pelo tamanho reduzido da bicicleta. Ela era a menor da turma. Costumávamos andar pelo antigo caminho do famoso trem das onze. Passava paralelo à av. Santa Inês e (ó) ia até o Jaçanã. Uma aventura porque, sem os trilhos evidentemente, certos trechos eram perigosos e cheios de mato. 

Mas, perigo mesmo ocorreu quando fui, sozinho, me aventurar no então incipiente conjunto dos bancários. Desci uma ladeira como se não houvesse amanhã. Não era asfaltada. Lá embaixo percebi que os freios não iriam ajudar a parar o bólido tresloucado. Quem ajudou foi um pentelho de um garoto que, de bicicleta, fez um zig quando eu também o fiz. Uma paulada federal, como se dizia. Todo ralado percebi que minhas dores iriam aumentar porque o moleque estava mais machucado que eu. E, o pessoal chegando perto querendo saber o que eu tinha aprontado. Um estranho no pedaço, ainda por cima. Sei que peguei a bicicleta, que estava quebrada, e subi a ladeira debaixo de um monte de "elogios" dirigidos à minha mãe.

Arrumei a bicicleta e risquei os bancários de minhas aventuras. Passou o tempo e lembro que a combalida Monareta entregou os pontos. Estava dando um rolê nas redondezas de casa e o quadro simplesmente quebrou. Claro, não era uma bicicleta para meu tamanho. Mesmo porque já estava meio que "fortinho". 

Não lembro se houve algum drama. Meu irmão nunca ligou para a Monareta. Véio Mero provavelmente com a consciência pesada por não dar preferência ao primogênito ansioso por uma bicicleta quedou-se em silêncio. 

Hoje herdei, por enquanto, a bicicleta fodona do chefe do blog. Dou umas voltas com ela defecando de medo desses motoristas malucos aqui de Rib's. E, de fato, a gente nunca esquece como se anda de bicicleta. Porque lembrei depois de uns trinta e cinco anos no "seco".

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

ÓCIO!

 De vez em quando "viajo" pelo "maps", como vocês sabem.

Com isso descubro alguns eventos interessantes.

Por ex., esta infração de trânsito numa estrada brasil afora.


O veículo do "maps" sendo ultrapassado em faixa contínua. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

AINDA FÉRIAS NO MATO

 

na vigilância

encontro amoroso ao cair da tarde

Gralha do campo. Na primeira vez que viemos o comedouro (e pedras como essa) vivia cheio de pássaros a aproveitar a comidinha oferecida por nós. Desta feita as abelhas tomaram conta do lugar espantando os pássaros. Fomos informados que algum vizinho está criando as rabugentas. Mas, alguns resistem. Esta gralha, por ex.. Pousou na pedra e chamou as amigas.


Imaginem o porquê algumas pessoas são equiparadas às gralhas quando falam. "Conversa" em altos brados.

 

MAIS FÉRIAS NO MATO

CHUVA AQUI, SOL LÁ
SOL AQUI, CHUVA LÁ      

















terça-feira, 26 de janeiro de 2021

FÉRIAS NO MATO

 Nestes tempos sombrios viemos passar uns dias de férias num sítio morro acima. Lindo lugar.

Algumas fofas fotos.

cidade ao longe

visita noturna

vaca alpinista


Jacuguaçu. O famoso Jacu do rabo grosso


onde moram as bruxas


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

O ABDUZIDO

 Lembro que morávamos na periferia. Outros tempos. Jovens com predisposição para as mais variadas aventuras. 

Havia um matagal no final da rua que era sem saída. Ali os motoristas davam a volta criando um pequeno descampado que acabou servindo, de dia, ao futebol e, à noite, para reuniões da garotada. Participavam destas reuniões os jovens intrépidos que escapavam da vigilância dos pais. Mas, todos com o compromisso de ir para casa antes das dez horas. Uns dez garotos. 

As reuniões, dependendo dos participantes, versavam sobre lobisomens, assassinatos na escuridão da noite, mulas sem cabeças, ataques zumbis, loiras que esperavam os xixizentos perto da árvore mais regada pela urina nossa de cada noite com a intenção de cortar a "mangueira" e por aí vai.

Mas, o matagal, tema da maioria das histórias, era de fato tenebroso. A rua era parcamente iluminada ajudando no clima fúnebre. A iluminação insuficiente e as árvores do início do matagal davam azo para o frio na barriga toda vez que alguém tossisse ou arrotasse. Por sinal, arrotar quando alguém relatava uma tenebrosa história, era  a especialidade do Júlio. Um menino meio chato (não de todo chato porque era engraçado algumas vezes) que vivia dizendo que gostaria de provar algumas das histórias relatadas. A da loira era sua preferida. Dizia que ela não teria coragem de cortar a sua "mangueira" pelo poder hipnotizante da dita. Bom, o matagal começava no final da rua e terminava, uns duzentos metros em linha reta, na avenida que desembocava em nosso bairro. Então, tínhamos árvores do tempo "em que tudo era mato", arbustos e tudo o mais fechando a visão. Sim, havia uma trilha no meio. As pessoas mais corajosas cortavam caminho até a avenida. 

Certa noite lá estávamos nas velhas e novas discussões. Júlio, num certo momento, levantou e anunciou que iria inaugurar outra árvore. Esperando encontrar a loira. Entrou na mata sem nossa preocupação porque ninguém ia mata adentro. Naquela noite, no entanto, coisas estranhas estavam acontecendo. Clarões como relâmpagos ao longe. Seria uma tempestade ou ETs preparando a descida. Lembrando que todos assistimos deslumbrados o filme "Contatos Imediatos do Terceiro Grau". 

Júlio demorou um pouco mais que no normal e alguém comentou que a loira tinha feito uma vítima. Neste momento houve um clarão seguido do estrondo do trovão. As luzes da rua e casas próximas se apagaram. Gelamos. Olhamos para a mata mas, sem enxergar quase nada. Repentinamente, um clarão em meio às árvores. Uma luz intensa percorreu um trecho e sumiu. Nada do Júlio. Corremos para as casas e pegamos nossas lanternas. Todo mundo tinha uma porque era normal faltar energia. 

Com a notícia do sumiço do nosso amigo adultos se juntaram e entraram na mata. Os garotos, assustados, iam atrás relatando teorias malucas. Não encontramos traços de Júlio. Amanheceu. A polícia já estava presente. Pior, interrogando os últimos a ver o garoto como suspeitos. Metade do bairro estava mata adentro. Nem havia tanto para  ser percorrido. No final do dia alguém balbuciou: "o clarão, ETs, abduzido". Não restava dúvidas para nós, os garotos, que Júlio havia sido abduzido. Alguns adultos olhavam incrédulos. Outros inclinavam para nossa versão. Sim, foi uma noite muito esquisita.

Na tarde do dia seguinte ao desaparecimento o caldo estava engrossando para nós, os últimos a ver Júlio. Muita gente dizia que ele morreu fruto de alguma brincadeira estúpida e demos um fim ao corpo. Como se, fosse verdade a teoria, não encontrassem indícios. Já era noite quando estávamos na boca da mata tentando materializar nosso amigo. Pois não é que deu certo?

Júlio, como num passe de mágica, surgiu em meio às árvores. Mancando, com marcas de sangue na cabeça e todo sujo de terra. Gritamos feito loucos e logo o pobre coitado estava numa maca de ambulância. Dissemos que tínhamos razão. Ele foi abduzido e devolvido depois de sofrer experiências malucas nas mãos dos ETs, aqueles viados. Nosso amigo, em estado de choque, balbuciava algo mas, ninguém prestava atenção. Lá vem a polícia novamente interrogar os que estavam na mata quando Júlio reapareceu. Finalmente, um policial mais calmo aproximou-se do garoto e ouviu o que ele tentava dizer em meio aos pedidos de explicação acerca da nave espacial. Gemeu, "o caminhão". 

Para a garotada a nave tinha o tamanho de um caminhão. O policial perguntou onde estava o caminhão. Júlio como a pedir desculpas pelo incomodo respondeu "na avenida." Estava desvendado o mistério, segundo o  homem da lei. Foram até a avenida e a atravessaram. Ninguém havia feito isso. Todos se concentraram no lado da avenida do nosso bairro. Do outro lado foram encontradas marcas de presença de um corpo. Mato pisado e sangue na terra. Conclusão: Júlio, sabe-se lá porque, resolveu atravessar a avenida. Um caminhão o atropelou e ele ficou inconsciente na mata. Do lado que não foi averiguado. Até que acordou e voltou, glorioso.

Essa foi a versão oficial. Para nós ele foi abduzido coisa e tal. O caminhão era algo da cabeça dele. Sei que o acontecimento transformou nossa vidinha. Júlio evitava a antiga turma o que, para nós, era indício da abdução. Sabe-se lá que pacto tinha feito com os seres extraplanetários.

Logo a família dele mudou de bairro para evitar os cochichos e elucubrações sobre o menino. Nós, que restamos, temos assunto até hoje quando nos reunimos no barzinho da praça. O campinho e a mata não existem mais. Construíram casas no terreno. Destruíram o palco de um acontecimento quase único. Mas, enquanto vivermos a verdadeira história daquele noite permanecerá. Má que caminhão que nada.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

ENTÃO VAMOS LÁ

 



que venha 2021

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

TEMPO

 Éramos jovens e sonhadores. Lembro de deitarmos na grama do terreno baldio, olhar para o azul do céu e imaginar que uma nave espacial surgiria para resolver os problemas cotidianos. Minhas tenebrosas lições de matemática, por exemplo. Aos onze anos as preocupações dos adultos eram distantes. Tínhamos nossos próprios medos e assombrações. Fazia uma brincadeira idiota (hoje penso assim) em que a comparava com um extraterrestre. Seus pais e ela, filha única, possuíam um tipo físico único. Vinham de um país de nome impronunciável. Cabelos tão loiros que pareciam descoloridos. Olhos azuis como o céu. Por sinal, via nos olhos dela o céu sem nuvens. Pensava que com pouco esforço vislumbraria o espaço sideral. Quando da brincadeira ela olhava para mim de maneira inexpressiva. Era um elogio, certamente pensava. Minha amiga era de poucas palavras. Estudava em escola particular, o que era um luxo para a maioria do bairro. Quase nunca falava de sua vida. Eu, tinha certeza, era alguém importante em sua vida. O único a quem ela procurava. Não participava de brincadeiras com o restante da garotada. Dizia que as brincadeiras eram infantis demais. Enfim, ao meu modo estava apaixonado.

Invariavelmente, quando estávamos olhando o céu, perguntava o que eu faria se pudesse voltar no tempo. O que tentaria mudar. Ela insistia mesmo quando eu falava que tinha onze anos. Muitas decepções ainda viriam a ponto de querer mudar. Havia uma inquietude em sua voz. Como se algo inevitável estivesse por acontecer. Para ser sincero nunca pensei mesmo depois de quarenta anos na possibilidade de voltar no tempo e arrumar a casa bagunçada, por assim dizer.

Um belo dia minha amiga veio me ver. Com seu habitual jeito impessoal informou que iriam mudar de cidade. Fiquei tão aturdido que não ouvi para onde iriam. Disse que iria passar o resto do dia arrumando suas coisas.

Pela primeira vez na vida chorei um amor perdido. E, nem havia me declarado. No dia seguinte fui até sua casa para as despedidas. Não havia mais ninguém ou nada. Já haviam partido. Fiquei devastado com minha cartinha declaratória nas mãos. 

O tempo passou. Outras paixões vieram. Casamentos (sim, dois) filhos, uma vida normal na medida do possível. Como toda vida normal, algumas frustrações.

Nesta noite, no entanto, estou me amaldiçoando por não dar a devida atenção ao que minha amiga de quarenta anos atrás dizia. Para qual época iria se pudesse voltar no tempo.

Estou esperando o socorro porque meu carro quebrou na estrada voltando de uma curta viagem. Na minha frente minha amiga, que não envelheceu nadinha. Está ao pé do que chamamos de disco voador. Explicou que são viajantes espaciais. E, que tenho três minutos (sei lá porque três minutos) para decidir se quero voltar no tempo. Basta entrar no tal disco voador. E, voltar, por exemplo, ao início da viagem e levar o carro à oficina antes da quebra. Ou voltar no dia em que ela informou que iria mudar. E, me declarar. Deixar quarenta anos da minha vida desvanecer no tempo/espaço.

Que fazer?




sábado, 26 de dezembro de 2020

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

 Vivemos época de trevas. O mundo, que deveria aproveitar a pandemia e refletir sobre a existência terrena, perdeu-se no jogo. Basta ler os chamados cabeçalhos das notícias dos sites de notícias. Confesso que não tenho estômago para ler a maioria dos conteúdos.

O esporte favorito deste país é matar mulher, que não passa de  propriedade de um escroto qualquer. Lembrando que um escroto qualquer ocupa a presidência. 

O assunto não pode ser ignorado pela categoria máxima (ah ah) do esporte motorizado que tem esse papo de modernidade e puns atômicos que tiram o som como apelo à velocidade. Nesta seara temos um idiota russo a desrespeitar uma garota postando um vídeo com abuso envolvendo uma "amiga".

Estou lendo que o braço curto e execrável ser humano  Nikita Mazepin, do alto do din-din de papi, foi confirmado como piloto da Haas, que se torna deste modo a equipe lixo da F1. Espero que perguntem para seu companheiro de equipe (Schumacher fi) o que pensa disto tudo. E, claro, a F1 "firma" enfia a cabeça na areia ignorando tudo ao redor. Os tempos mudaram mas, a bolha da categoria finge que tudo está bem.

Nós, deste lado do blog, estarrecidos esperamos que a nave mãe venha nos buscar. Já deu. Pare o mundo que quero descer. Marte está de bom tamanho.

sábado, 19 de dezembro de 2020

PREVISÕES

 Um tempo atrás, e bota tempo nisso, o "must" de fim de ano era (junto com o, já, especial do reibeto) a previsão do que aconteceria no ano vindouro. Dona Alzira adorava as previsões e arrastava o resto da família para a frente da TV para  antecipação do óbvio. Tipo "alguém famoso vai morrer". Bom, se não for famoso o pessoal força a barra e mata um famoso mais ou menos (tipo participante do BBB,se houvesse naquela época). Determinadas previsões são relativamente relativas (ai, meu saco!). Um famoso (ou não) vai ter problemas no casamento, o brasil vai ganhar a copa do mundo (ou perder). O "Santios" vai dar vexame em algum campeonato. E por aí caminha a carruagem. Infelizmente as previsões perderam força ao longo do tempo. Povão anda incrédulo. Era muito divertido rir das previsões junto com véio Mero. Dois incrédulos por natureza.

Estou lendo algumas declarações acerca do ano que entra na F1. Dirigentes (cínicos, bem anotado) e o comportamento das equipes com relação aos pilotos que formarão dupla. Não contive o riso e a vontade de "postar".

Primeira: mamã Ferrari (aquela mesma que dispensou por telefone e sacaneou a temporada inteira um quatro vezes campeão) garante que o monochato vai correr em igualdade de condições com o novato (na equipe) Carlos Sainz (o Júnior). O velho e nausebundeante papo sobre a liberdade de lutar e o que vale é a equipe. O espanhol, sabemos, não é qualquer um. Em igualdade de condições colocará Leclerc (o queridinho) no chinelo. Charles não é ruim Tem potencial mas, é ainda estabanado. Aguardemos os próximos capítulos.

De outra banda os Toros Seniores contrataram o defenestrado Sergio Perez (nosso Chapolin Perez). Acontecimento a ser marcado na folhinha pelo fato de não ser um piloto da "escolinha do professor Hammer Marko" a ser triturado sem dó. Sergio tem história a ser considerada. Surgiu como grande promessa e, ainda por cima, amparado pelo dono da globo do México. Perdeu-se no jogo e encontrou o caminho neste ano de 2020 quando deu muitos crocs na cabeça do dono da equipe. Não do pai, mas, do "fi" Stroll o que dá na mesma. O mexicano entra numa equipe que faz o que o mimadinho Max quer. O holandês/belga/marciano faz biquinho e ganha chupeta com leite condensado. Fica assim então. Será que o mexicano vai ser ouvido em seus anseios por um carro ao seu gosto? Dizem que o carro dos Seniores que está no forno vem ao gosto de Mad Max. Não terá vida fácil o nosso Chapolin. Aguardemos, também, os próximos capítulos.

 

SERÁ CAMINHO ERRADO?

Como sabem sou conhecido na família por errar caminhos ou "desbravar" outros sem a menor noção.

Pelo menos estes acontecimentos entram no folclore familiar. 

Durante este ano em toda transmissão da F1 alguém brincava com o fato de Carlos Sainz ter assinado com a carroça da Ferrari. Vai sofrer, não vai andar na frente como estava andando com a McLaren e etc. Em suma, escolheu o caminho errado.

Mas, vem a notícia de um motor totalmente novo de mamã Ferrari para o ano que entra. Sim, já para 2021 onde (teoricamente) tudo estará congelado. Ficamos, o blog, com a pulga atrás da orelha porque sabemos do acordo sigiloso (e pornográfico) dos italianos com a FIA (da puta) em relação ao pum atômico fora dos conformes ano passado. 

Foi quando ouvi numa transmissão Felipe Giaffone, que sabe das coisas, falar como num devaneio que essa coisa de pum novíssimo é conversa para a boiada dormir. Ou seja, por conta do acordo mamã peidou com menos intensidade neste ano e no próximo vai poder soltar seus puns com vigor. Dentro do regulamento, esperamos. Para não sofrer uma punição mais dolorosa os vremeios estrangularam seu pum sofrendo a humilhação de ficar em sexto lugar no mundial de construtores. Ano que entra, tudo volta ao quase normal.

Mas, enquanto o campeonato não começa a gente tira uma da cara do Sainz no carro de mamã.

Sim, já tem um monte de memes desta foto. Mas, que ele está com cara de "mamãe me tira desta" está.



terça-feira, 15 de dezembro de 2020

LAMBÃO EM ABU DHABI

 Terminada a corrida em Abu Dhabi dona Gertrudes não ligou como habitualmente faz. Preocupado o blog entrou em contato. Ela atendeu com voz sonolenta dizendo que havia dormido a partir da metade da prova.

Não quis eleger o lambão mesmo a corrida foi de um tédio total. Ela acenou com a possibilidade de entregar o leitão porcamente assado para Vettel e sua cantoria pós-corrida. Vá cantar mal assim no "the voice". Não tem desculpa por estar dentro do carro. Até a "cola" da letra ele levou no "bolso".


Mas, o blog é fã do lemão e a indicação foi rejeitada.

De qualquer maneira o blog também "dormiu" a maior parte da corrida e resolvemos não agraciar ninguém com o leitão porcamente assado de dona Gertrudes. 

Como foi a última corrida mais tarde voltaremos com impressões sobre a temporada e quetais.

Sem mais.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

VERGONHA PARA A F1

 A F-1 sempre deu preferência aos endinheirados da vida. Mas, não como hoje em dia. Os famosos e escabrosos custos obrigam, segundo as equipes, contratar quem leva dinheiro. Em detrimento de bons pilotos. 

A equipe Haas não foge à regra. Mais um filho de quaquilonário ganha um presente de papi. Um tal de Nikita Mazepin cuja carreira só tem brilho nas atitudes anti esportivas  como na última corrida em Sakhir.



Fora das pistas o russo é um exemplo do riquinho machista. Leio aqui sobre o assédio cometido por ele sobre uma garota. Publicou certamente se achando o máximo. Apagou só que não. Hoje em dia em segundos posts são baixados e eternizados. Se diz arrependido (ah ah). A moça estranhamente relata que são amigos e tudo bem. Como? 

A equipe Haas condenou a atitude abominável do sujeito e "vamos tratar do caso internamente". Ou seja, vão esperar a poeira abaixar e fingir que tudo se resolveu. Afinal, o dinheiro é que importa. Ghunter Steiner, o boca suja, vai ter que posar para a foto da galeria fingindo, ou não, que está tudo bem. A atitude de tratar do caso dentro da escuderia pode cheirar a cumplicidade. 

Fica assim, o não rompimento do contrato não é só vergonhoso para os norte-americanos. É uma vergonha para a F-1 ver o cara desfilar com a carinha de playboy "posso tudo" nos boxes ano que vem.


LAMBÃO EM SAKHIR

 A verdadeira lambança no GP de Sakhir foi protagonizado pela equipe Mercedes. Mas, foi um erro tão ridículo que o blog pensa ser intencional. Colocar pneus para o segundo carro no primeiro que entrou? Sim, Russell estava na frente e entrou para o pit na frente. Acreditamos que a intenção era, sei lá, ferrar a corrida dos dois. Aguardemos.

Mas, o leitão porcamente assado de dona Gertrudes vai para o piloto que adora fazer maldonadices nas primeiras curvas. Foi assim com Vettel em uma das corridas na Áustria e agora acertando Perez (o defenestrado) acabando com sua corrida e a de Max Versttapen (por sinal dois mimizentos). Charles Leclerc o nome do agraciado. Esse tipo de afobação faz a gente pensar se os caras merecem o destaque como herdeiros de tal e tal piloto. Tem um belo e espinhoso caminho pela frente.

Sergio Perez sacodiu a poeira e foi cuidar da vida. Acabou vencendo a prova.

Max Verstappen, que novamente era favorito, chutou o muro feito menininho mimado de Helmut "hammer" Marko e foi chorar na cama.

E, o monochato leva o leitão porcamente assado de dona Gertrudes. Por sinal, na opinião dela Leclerc é daltônico uma vez que quando tem Vettel por perto sempre joga o carro para cima do lemão. Confundiu rosa com vermelho e pimba.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

SERÁ O FIM?

 Uma coisa puxa a outra. Antes de comentar a foto em questão, "senta que lá vem história". Tinha um coleguinha lááá atrás nos tempos do ginásio. Estamos falando da década de sessenta do ano passado. Tipo séc. 20.

Bom, como sabem morava no alto do Mandaqui. Serafim era o coleguinha. Por sinal, nada amistoso. Filho de PM estudava no famoso GESI (famoso só nas minhas memórias, bem entendido) na mesma época que este que vos tecla. Vocês tem conhecimento que, desde sempre, sou um um cara sem noção. Mesmo sabendo da belicosidade do Serafim toda vez que o avistava gritava "será o fim?"

Até que chegou o dia que quase foi o meu fim. Serafim resolveu me interpelar sobre a gracinha sem graça. Ele era (ou é, não sei se morreu) bem maior que eu. Lembro que exerci o meu lado diplomático/cuzão para não levar uma surra. Escapei.

Enfim, a ideia inicial do post seria Henrique e seu lado catastrófico. Ele adora temas como Titanic e desgraças gerais. Quando tira os olhos das várias telas que o hipnotizam fala sobre tiros, mortes e fim do mundo. Um tempo atrás tive que explicar o que levou o Titanic ao fundo do mar. Muitas vezes.

Ainda bem que não perguntou o porquê da tal Rose não puxar o Jack para cima da "táuba" já que havia espaço. Puta falha do filme.

Nos últimos dias as bombas atômicas lançadas sobre duas cidades japonesas na segunda guerra mundial virou tema. Ele assiste umas porradas de canais do Youtube e a gente não consegue filtrar o conteúdo. Penso que o tema saiu de um canal qualquer. Eu tenho um certo bloqueio sobre o tema. Não cabe aqui a explicação. Para resumir, um crime comparável aos campos de concentração nazistas.

Bom, para encerrar o lúgubre post, a foto.


Um belo pôr do sol. Mas, se mostrar para Henrique ele vai dizer, "vovô, a bomba atômica explodiu em Rib's". 

Sem mais.

ENTENDIDOS ENTENDERÃO

 


Steve no alto da colina. 




quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

XADREZ EM QUATRO RODAS

 Lembro quando um primo me ensinou a jogar xadrez num período de férias. No início não era páreo para ele. Então, o cara jogava sem a rainha. E, ganhava. Fiquei ligeiramente obcecado em conhecer o jogo e seus segredos e dar um pau no cara. Comprei um livro e estudei as jogadas dos grandes mestres.

Morava em sampa e ele aqui no forno chamado Rib's. Quando me igualei em termos técnicos surgiu uma tensão entre nós. Não gostávamos de perder. Os outros primos se renuíam em torcida. Quem joga xadrez sabe que torcida barulhenta não ajuda em nada. Enfim, quando ele voltou para cá começamos um jogo via cartas. Enviávamos cartas com as jogadas. No início com uma frequência a preocupar os pais pelo dinheiro gasto com os selos postais. Os mais novos nem sabem o que é isso.  Em verdade, os selos eram baratos. Com o tempo o jogo entrou numa enrascada. Pensava que ele repetia um jogo de um mestre qualquer como eu estava fazendo. Mais uma encrenca (desta vez postal) e o jogo restou esquecido. Depois de um certo tempo disse a ele que o empate seria a melhor saída. Argumentou que estava em vantagem e minha desistência seria o desfecho correto. Mais uma encrenca. Desta vez física. E, o jogo está em aberto até hoje. 

Tentei ensinar Henrique mas, ele não sabe perder e não segue regra alguma. Aliás, em jogo nenhum. Desisti, por enquanto.

Na F-1, se pensarmos bem, houve uma jogada por parte de Toto Wolff (nosso Totó Lobão) que cheira o jogo milenar.

Hamilton pegou Covid numa estranha situação uma vez que correu em Bahrein infectado porém, sem sintomas. Não vai participar da corrida no mesmo, só que não, circuito neste fim de semana.

Surgiram as mais variadas situações para sua substituição. Para apimentar havia a substituição de Romain Grosjean, o renascido das chamas, na carroça da Haas.

Candidatos não faltavam para o carro de Lewis. O eterno Nico Hulkenberg,  Stoffel Vandoorne (substituto em várias equipes), Esteban Gutierrez (!!!!), também reserva da Mercedes e, claro, Rubim.

Mas, veio uma jogada ainda a ser estudada. O escolhido foi o piloto da Williams e jovem da escola dos prateados (pretos, por ora) George Russel (para nós Jorjão Russo). No lugar do britânico entra Jack Aitken um misto de britânico e sul-coreano. 

Toto Wolff tem Russel sob contrato e o coloca numa situação (diria eu) difícil. Tem a obrigação de, no mínimo, andar junto com Bottas. Se ficar mais atrás, como Albon em relação ao companheiro de equipe vai ter seu passe desvalorizado. Se andar na frente de Bottas quem perde é o finlandês. Quem ganha com tudo isso? Sim, o Lobão. De qualquer maneira sai com dinheiro no bolso.

Vamos ficar de olho. 

Quanto aos outros pilotos acredito que não vão perpetrar nada marcante. Carros ruins, pista rápida e curta. 
Se fosse manager diria para fazerem um feijão com arroz e talvez um ovo frito por cima.



SEM LAMBÃO NO BAHREIN

 Depois de muita confabulação o blog decidiu não entregar o leitão porcamente assado referente à Maldonadice do dia lá no Bahrein. Dona Gertrudes, isolada em algum lugar por aí, ligou dizendo que ainda estava impactada pelo acidente e não iria opinar. "Vou sim abrir mais uma", disse ela.

O motivo é simples: Grosjean merecia, em condições normais de temperatura e pressão, o prêmio por ter levado seu carro para a direita como se não existisse mais ninguém no mundo. Pegou a Alpha Tauri do "soviético" Kvyat e deu no que deu. Agiu como um motorista aqui da abrasiva Rib's.

Não fosse a estranha e milagrosa (não gosto desta palavra. Mas, ...) sequência levaria o leitão. Sei que não é politicamente correto. No entanto gostaria de brincar dizendo que Romain teve seu momento Daenerys Targaryen ao sair em meio às chamas. 

Enfim, segue o bonde. Neste fim de semana tem corrida no mesmo circuito. Só que não.