segunda-feira, 12 de abril de 2021

VELHOS TEMPOS

 Lembro que meus primeiros contatos com problemas mecânicos nos carros da família deram-se lá nos anos sessenta. Um marcante ocorreu na volta de "Santios" e o bravo fusquinha branco. O clã Onofri foi em caravana com colegas de véio Mero. Na subida, via Anchieta, o fusquinha abriu o bico. Sei lá. Calor, excesso de peso, velhice, motor fraco, ressaca, muita comida no "estrômo". Sei que encostamos e logo havia uma reunião de entendidos em volta do motor desfalecido. Zilhões de palpites depois, alguém deu o veredito. A centralina está quente demais. Na ocasião não tinha a menor ideia do que era. Hoje (ave google) sei que é um dispositivo que, na época, tinha a função de controlar a entrada do combustível e ar nos carburadores. Bom, a solução foi arrumar um pano encharcado com água e envolver a dita até o carro voltar do desmaio. 

A partir daí, toda vez que um carro apresentava problema eu dava o diagnóstico de entendido: "é a centralina". Mesmo que fosse um pneu furado.

Pois bem. Quando vi esta foto no site "Por Dentro dos Boxes" lembrei imediatamente do episódio do fusquinha desmaiado


Pista de Reims (França) em 1966. O carro Ferrari desmaiado, o piloto Lorenzo Bandini tentando dar um jeito e a junta de médicos em volta. Tenho certeza que o sujeito de roupa escura e óculos está dizendo "é a centralina, Lorenzo".

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