segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Ten years gone

Podemos esquadrinhar incontáveis modelos teóricos sem nunca ter certeza sobre a forma e natureza do tempo. A física, contudo, não pode teorizar apontamento nenhum sobre a experiência humana na temporalidade. 
Este humilde espaço virtual foi iniciado por um menino recém-saído da graduação que achava que perdia muito tempo comentando os textos de outros blogs e que seria, então, mais apropriado criar o próprio.
Como precisar, no entanto, a noção de muito tempo? Veja-se o automobilismo, que nos encantou e levou-nos, justamente, a perder muito tempo no blog dos outros. Nele, os grandes feitos que se eternizam duram pouco mais de um minuto, em uma volta ao redor de um circuito qualquer.
Passei estes dez últimos anos quase integralmente na escola, deram-me mais dois diplomas que, sejamos francos, pouco me servem porque ninguém efetivamente entende qual a função deles; mudei de casa, casei, visitei outras partes do globo, quis não voltar de muitas delas.
A narrativa breve que dá sentido aos dez últimos anos deixa também entrever que uma década, como uma volta em torno de um circuito qualquer, passa em pouco mais de minuto e meio. Tão rápido que quase não dá para ver. 

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