quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

NADA QUE UMA MARTELADA NÃO RESOLVA

Estou lendo que Adrian Newey revela dificuldades em "montar" o pum atômico da Renault no carro dos Toro Seniores.
Lembrei de um episódio em que fui alvo de uma gozação.
Meu pai, o véio Mero, trabalhava em uma firma, como vendedor externo, que tinha manutenção de veículos por conta própria. Trocando em miúdos, com mecânicos próprios Um deles, no entanto, tinha uma oficina montada perto de casa. Em sampa significa alguns milhares de Kms.
Bom, tínhamos uma Brasília branca. Ela precisava de manutenção e fui o encarregado em levar a dita na oficina do colega de meu pai.
O que véio Mero não explicou é que o cara era um tremendo gozador.
Lembro que fui buscar a dita branca num sábado pela manhã. Horas de caminhada. 
O mecânico explicou o que foi feito para um adolescente (sim, não tinha carta de motorista) que fingia tudo entender. Em seguida mostrou uma série de peças que haviam sobrado do conserto. Colocou tudo num encerado dentro da Brasília e disse que era para meu pai conferir. Lá fui eu para casa dirigindo esportivamente como sempre fazia.
Ao chegar contei para meu pai sobre as peças que sobraram. Ele foi conferir. Arregalou os zóios (dois) zázuis e conferiu o motor. Em seguida caiu na gargalhada. Pensei que o véio finalmente tinha pirado de vez.
Que nada. Os caras aplicaram uma peça (como se dizia) no abestalhado (como diz Tiririca).
Um monte de peças que deveriam ir ao lixo e que nem eram do motor de Brasília. Bem que desconfiei de um pistão enferrujado.
Fiquei puto, imaginando os caras rolando no chão ao ver o babaca indo embora com o lixo dentro do carro.
Bom, meu pai explicou que eles eram gozadores tal e coisa. E, acabei voltando à oficina quando a Brasília ficou doente outras vezes. Mas,  não acreditava em nada do que diziam com aquela cara de riso contido.
Vendo a dificuldade de Newey pensei em enviar o telefone do mecânico colega de meu pai. Garanto que ele monta qualquer pum atômico e ainda devolve peças.

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