sábado, 15 de maio de 2010

Chupa, Schuchumy

Sim, perdi a compostura. Até então, estava paciente, olhando o desenvolvimento da coisa, respeitando mais a atitude corajosa de voltar aos 41 anos, do que os fracos desempenhos do alemão-mor.
A paciência acabou quando, ridiculamente, a equipe Mercedes resolveu construir um chassis novo, com uma tendência a sair de traseira que o Schumacher adora - e só ele consegue dirigir assim - para salvar a temporada do sujeito.
Em termos práticos, aconteceu o seguinte: uma equipe com carro medíocre, que vinha conseguindo bons resultados com um piloto jovem e promissor, que chegou duas vezes ao pódium nesta temporada, abriu mão de qualquer coisa para chegar em quinto ou sexto nas mãos de umeterano que vinha dando mostras de que não acompanharia seu parceiro mais novo. Assim como em outras oportunidades, Ross Brawn precisava justificar o porquê de Schumacher ganhar (em termos financeiros) muito mais que seu companheiro de equipe.
E assim foi. Construíram o tal novo chassis, só dirigível pelo Schumacher. Rosberg penou em Barcelona. Largou lá para trás, e chegou mais para trás ainda. Um veículo de notícias especializado publicou, ridiculamente, "o campeão voltou", por Schuchumy ter chegado bem a frente de Rosberg no GP Espanhol.
Não, campeão não voltou. A Mercedes é que forçou a barra para que ele voltasse. Abriu mão do piloto promissor em nome da reputação de um veterano que veio se divertir e encher ainda mais o bolso de dinheiro.
E hoje, o que vimos na classificação em Mônaco? Um carro medíocre, classificando seus pilotos em sexto e sétimo lugares. Com Rosberg, novamente, a frente de Schumacher.
Dizem que, em Mônaco, é o piloto que faz a diferença. Quem irá negar? Rosberg, com ou sem traseiradas, deu um baile em seu companheiro mais velho. E é o piloto que mais conta com minha torcida neste momento.

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