quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Barrichello, 300 [2]

Aproximando-se da participação de nº 300 de Rubens Barrichello em GPs de F-1, vamos procurar lembrar, por aqui, alguns momentos marcantes da carreira do piloto.
O que é um momento marcante? Sei lá... essas coisas sempre têm critérios subjetivos. Vamos tentar puxar de memória as lembranças que temos de Rubens na F-1, desde o comecinho.
Barrichello chegou chutando a porta naquele GP de Donington de 1993. Mas uma das primeiras lembranças que carrego é do GP Pacífico de 1994, realizado em Aida. Na abertura da temporada, Senna havia abandonado a prova no Brasil, rodando na Junção. Havia sido um balde de água fria na torcida brasileira, que esperava muito de Ayrton, agora na Williams.
Esperava-se que a redenção viesse em Aida. Não veio. Senna sofreu um acidente na primeira curva após a largada, quando Mika Häkkinen o acertou por trás. Nesta corrida, Barrichello chegou em terceiro lugar, conseguindo seu primeiro pódium na carreira, com um carro certamente não muito competitivo.
Para completar, o quarto colocado na ocasião, com um carro inferior ao de Barrichello, foi Christian Fittipaldi, neto, sobrinho e filho dos homê, respectivamente.
Lembro-me de alguns "convivas" que, diante da decepção com os dois resultados de Senna e o êxito precoce de Barrichello na F-1, afirmavam que o tricampeão já era e que o jovem estreante, este sim, era bom - sempre dentro daquele espírito imediatista do torcedor brasileiro.
O resto da história já é bem conhecida por todos e qualquer comparação entre Senna e Barrichello, hoje em dia, está fora de questão.
Alguns anos depois, como todos também já sabem, Barrichello tornou-se a decepção e Felipe Massa a esperança. Há pouco mais de três semanas, Massa, na Alemanha, também virou decepção para alguns; na semana seguinte, Barrichello, na Hungria, virou esperança e redenção de novo.
As carros dão voltas em torno dos circuitos e o mundo, em volta de si mesmo.


Um comentário:

  1. Esse imediatismo da torcida brasileira é muito engraçado. De um dia para o outro, todo o carisma de um piloto vai por água abaixo. Acho péssimo o que aconteceu com a Ferrari na Alemanha, mas acredito que uma sequencia de bons resultados pode devolver a Massa um pouco do carinho da torcida.

    Sobre Barrichello, o considero um grande piloto. Conhecemos todas as "decepções" que tivemos, mas ele é um bom piloto, que conhece o carro como poucos e que pode contribuir muito para o desenvolvimento de uma equipe, como vemos na Williams este ano.

    Parabéns pelo blog!

    Abração

    Gabriel
    www.speedblog.com.br

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