quinta-feira, 30 de julho de 2009

ARQUEOLOGIA

Recentemente comentei sobre o acidente que vitimou Roger Wiliamson.
O Renato, num trabalho de arqueologia em nossos “arquivos”, descobriu um suplemento da revista “Quatro Rodas” que era distribuído junto com a revista e que trazia as notícias das corridas de F-1 do mês.
Pois o suplemento da edição 157 de agosto de 1973 traz o depoimento de Emerson Fittipaldi sobre o GP da Holanda disputado em 29 de julho e o de Silvertone, Inglaterra, disputado em 14 de julho, dentre outras informações.
O da Inglaterra é aquele famoso onde o estreante Jody Scheckter ocasionou um verdadeiro Strike danificando sete carros e fazendo a festa para quem gosta de porradas.
Em relação ao GP da Holanda há uma entrevista com Jackie Stewart com o título “Stewart Acusa”.
Tanto tempo depois a sensação de ler a entrevista é a de que o escocês perdeu o bonde da história, ao não parar após o acidente, e tenta explicar o inexplicável. Acusa os organizadores da corrida, a CSI (Comissão Esportiva Internacional) e tudo o mais. Na maior cara de pau ele diz que a corrida não devia ser suspensa porque o March de Williamson “ocupava apenas uma parte reduzida da pista”. Ele tira o corpo fora ao ser perguntado do porque os pilotos não terem tomado a iniciativa de paralisar a corrida dizendo que não tinham condições de avaliar o que estava ocorrendo e que “aparentemente estava tudo bem, apenas um carro pegando fogo”. Quem vê as imagens, como eu mesmo vi na época ao vivo, sabe que não estava tudo bem.
Além da fumaça que fechava a visibilidade da saída da curva, havia a figura do David Purley desesperado andando de um lado para outro. Até mesmo no meio da pista, indicando algo muito mais grave que “um carro pegando fogo”.
Enfim, como eu disse, na minha opinião Stewart perdeu o bonde da história pensando apenas em vencer a corrida. Acusa até Ronnie Petterson de não diminuir a velocidade em função do acidente aumentando sua vantagem já que estava em primeiro lugar. Diz Stewart que se o Peterson que liderava andava forte todo mundo acompanhou.
Stewart já era líder entre os pilotos conhecido sim pela luta em prol de maior segurança nas pistas. Mas, neste caso pisou feio na bola. Se tivesse parado certamente seria acompanhado por seu companheiro François Cevert. Daí, todos parariam. Mas, o bonde passou e Jackie Stewart não pulou para dentro.
Vale lembrar que outro grande batalhador por mais segurança, Emerson Fittipaldi, já havia abandonado. Peterson quebrou e Stewart venceu, com Cevert em segundo.

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