quarta-feira, 15 de julho de 2009

Interlagos 2006

Após 1976 só voltei ao autódromo de Interlagos em 2006. Trinta anos depois!!!!
O Renato acabou por me convencer e por sorte presenciamos a decisão do campeonato.
Em primeiro lugar algumas impressões sobre o autódromo e o que nos oferecem em termos de acomodação. Comprei os ingressos pela internet pagando meia entrada (sou estudante!) e mesmo assim doeu no bolso. Compramos para o sábado e domingo no setor G. Pelo preço e também por estarmos no séc 21 deduzi que receberia os ingressos em casa, e que eles seriam numerados . Assim, poderíamos chegar momentos antes do evento com a garantia do lugar garantido. Quá, quá.
Estamos no Brasil. Além de ser obrigado a retirar os ingressos, no meu caso no sábado de manhã, pois moro no interior e não teria como ir antes ao autódromo apanhar os ditos fui tratado como bandido. Tive que levar uma porrada de documentos provando que eu era eu e falar com o sujeito lá na bilheteria por uma fresta no muro. Diálogo nem pensar.
Tudo bem. Vamos relevar em nome da emoção em voltar ao autódromo tanto tempo depois.
O portão que dá acesso ao setor G fica onde Judas perdeu as cuecas. No sábado ainda conseguimos entrar sem muitos problemas. Só existe uma entrada que afunila numa passarela sobre o antigo retão. Meninos, se estoura a boiada, vai ter gente sendo pisoteada porque, no final dos treinos e corrida todo mundo tem que sair por ali. Toc-toc na madeira.....
Quando conseguimos entrar no sábado o final do setor, perto do final da reta, já estava tomado. Isso por volta das oito e meia.
Sabem quem ocupou o espaço? Sim, os mesmos sulistas de 1976!!!!
Eles andam em bando, ignoram a numeração dos ingressos (ninguém fiscaliza) e ocupam os melhores lugares. Isto porque alguns deles dormem na fila. Bom, lugares ocupados e sem nada para fazer até o início dos eventos o melhor que eles fazem é se comportar como torcedores de futebol. Provocações, cantilenas sobre as mulheres acompanhadas ou não e etc. Em 2006 tinha um cara com um megafone e uma disposição de maratonista. Quando a voz falhava colocava o celular e um toque de hospício no volume mais alto. No começo a gente acha graça. Mas, experimente ficar ouvindo abobrinhas das oito da manhã até sair do autódromo após a corrida. Sim senhores. O cara saiu do autódromo berrando imbecilidades no megafone. A gente ria de nervoso....
Em 2006 o campeonato estava entre o Alonso e o Dick Vigarista (Schumacher para os íntimos).
Todo mundo, ao nosso redor, torcia para o Dick Vigarista. Eu e o Renato para o Alonso. Ah! Tinha mais um que torcia para o espanhol. Era outro espanhol. Ele chegou em má hora. A gente estava espremido e ele quis sentar na frente onde colocamos os pés. Eu disse que não dava. O cara era espanhol. Já viu, né? Pois ele armou uma briga e sentou na nossa frente com a namorada. Gritava pelo Alonso a cada volta. Até parece que o piloto ouve alguma coisa. A corrida todo mundo sabe como terminou. A gente saiu feliz da vida, apesar do sulista do megafone.
Separei duas fotos do arquivo pessoal. Numa delas, fiz questão de fotografar o asfalto que outra coisa. É o asfalto da antiga retona de Interlagos. Solo sagrado.
Na outra foto uma idéia de como a gente paga caro para ser tratado como torcedor de futebol. Os banheiros químicos ficam imprestáveis rapidamente, pois além de tudo os bebaços fazem de qualquer jeito. Saquem só a fila para a compra de bebidas na barraquinha...
Falo dos bebuns em outro post.




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