De quando em vez temos notícias de antigos aviões serem transformados em residências como na imagem abaixo.
Ou restaurantes
Agora descobriram outra utilidade para velhos aviões. Invadindo um nicho que pertencia aos navios desativados e um destino nobre.
Os turcos afundaram um antigo A-300 no mar Egeu para transformá-lo num recife artificial.
Com isso, esperam fomentar o turismo na região.
O avião vai se juntar a outros menores que tiveram o mesmo destino.
Um avião deste tamanho no entanto chama a atenção.
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terça-feira, 7 de junho de 2016
sexta-feira, 3 de junho de 2016
TRAGÉDIA INSPIRADORA
Como nossos parcos leitores sabem sou ligado em aviões e suas histórias.
Aqui uma história/tragédia que inspirou filmes como "O Voo da Fênix", de 1965 e o remake de 2004.
Em plena segunda guerra mundial em 1943 aviões decolam da base de Soluch na Líbia para atacar, do outro lado do Mediterrâneo, o porto de Nápoles na Itália.
Resumindo. O avião dos acontecimentos era um Liberator B-24D, alcunhado de Lady Be Good, de fabricação americana tripulado por 9 aviadores.
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liberator b-24 |
O ataque foi um fracasso devido às nuvens que encobriam o porto. O avião lançou suas bombas no mar, para perder peso, e retornou à base.
Aí começam os problemas que resultaram num desastre com os tripulantes mortos de maneira trágica.
Na volta o avião apresentou problemas na radionavegação e pediu auxílio para a base na Líbia. Com a guerra o silêncio de rádio era imprescindível.
O avião estava na direção correta e a base lança foguetes iluminadores que não foram avistados pelos tripulantes. O avião, sem condições de saber se estava sobre o mar ou deserto, voou por duas horas até pousar de barriga no deserto. Ele chegou a sobrevoar a base uma vez que seus motores foram ouvidos. Porém, seguiu reto deserto adentro.
Uma série de pequenas tragédias ocasionou a morte de todos os tripulantes que sobreviveram a descida no deserto e morreram tentando voltar. Falhas da própria tripulação, inexperiente como tantas outras na época da guerra, e da base, que fez buscas no mar e não no deserto, apesar de ouvirem motores na noite em direção à terra.
Em maio de 1958 um DC-3 de uma companhia de petróleo avistou os destroços do avião. Como era comum destroços de guerra não deram atenção. Porém, em fevereiro de 1959 uma equipe de geólogos de outra companhia de petróleo vai até o local e a história é iluminada.
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"Lady Be Good no deserto" |
O avião, ou o que restou dele, estava incrivelmente preservado. O rádio e as metralhadoras funcionavam perfeitamente. Mas, havia um problema. Onde estava a tripulação?
Após saltarem de paraquedas tentaram sair do deserto com parcos recursos. Em vão, todavia.
Um dos corpos foi encontrado a incríveis 200 Km da queda. E, um dos tripulantes jamais foi encontrado.
Vários livros e conjecturas foram elaborados desde então.
Mas, o fato é que em plena segunda guerra, onde tantos perderam a vida "anonimamente" e tantas outros de maneira trágica, a perda de um avião em missão militar de bombardeio inspirou livros, filmes e teorias.
O mundo não mudou no quesito em ceifar vidas a granel. Seja em guerras localizadas ou tiros "perdidos" em favelas.
São vidas, histórias, futuros, interrompidos sabe-se lá se antes do tempo.
Vários livros e conjecturas foram elaborados desde então.
Mas, o fato é que em plena segunda guerra, onde tantos perderam a vida "anonimamente" e tantas outros de maneira trágica, a perda de um avião em missão militar de bombardeio inspirou livros, filmes e teorias.
O mundo não mudou no quesito em ceifar vidas a granel. Seja em guerras localizadas ou tiros "perdidos" em favelas.
São vidas, histórias, futuros, interrompidos sabe-se lá se antes do tempo.
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segunda-feira, 25 de maio de 2015
ASPAS
Depois de ontem à noite tenho que abrir aspas no blog para comentários não ligados ao automobilismo.
Um tempo atrás um avião da TAM foi obrigado a fazer um pouso forçado em Birigui por falta de combustível. Uma situação de emergência com resultados imprevisíveis. Das vinte e nove pessoas a bordo quatro sofreram ferimentos leves e uma vaca morreu atropelada. A imprensa foi lacônica com as notícias sobre o acidente. Ninguém reparou que um avião daquele tamanho descer num pasto praticamente sem turbinas deixando apenas uma vaca como vítima é uma façanha digna de nota.
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notem que desceu entre morretes |
Neste fim de semana um táxi aéreo transportando os apresentadores globais Luciano (nariz) Huck e Angélica (que sempre vai de táxi) fez um pouso forçado em uma fazenda perto de Campo Grande, MS.
Ontem à noite acabei assistindo reportagem sobre o episódio no Fantástico. O avião teve falha nas duas bombas de combustíveis de um dos motores. O piloto declarou emergência e procurou um lugar para pouso forçado. A manobra foi elogiada pelos bombeiros envolvidos no resgate. Muita perícia do piloto.
Claro, até eu sei, que não se desce o trem de pouso numa situação desta para não haver risco de capotagem ou, caso quebre o trem, uma peça rasgue a carenagem do avião.
Mas, e aqui é onde reside meu inconformismo, tem sempre um jornalista ignorante na jogada.
Quando o piloto chegava ao hospital, num carro particular e carregando ele mesmo o soro (o que já é surreal), foi abordado por uma repórter sem educação que perguntou na lata o motivo dele não ter baixado o trem de pouso.
Santa ignorância. Ela não teve a mínima iniciativa em perguntar para alguém os procedimentos usuais em uma situação como esta. E, dispara a pergunta mais irrelevante possível.
Esta falta de preparo de um jornalista global dói na alma.
Não dá para perdoar mesmo levando em conta que não é uma situação corriqueira na vida de um repórter. Mas, uma rápida leitura do gugle sobre emergências aéreas ajuda um pouco
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trem de pouso? Só se fosse para capinar |
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segunda-feira, 27 de abril de 2015
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
MEDO?
Chefe do blog anda corajoso e perdendo o medo de avião.
A prova final consiste em descer neste aeroporto (?) no Nepal.
Imaginem a cena.
A câmera investiga os arredores curiosa com a paisagem.
"Onde vamos descer "seu" piloto?"
"Ali"
"Ali onde?"
"Catso! Ali!"
Aparece uma estradinha em meio à montanha. Ela vem que vem e quando o avião bate no solo o câmera cai no chão.
Por sorte a estradinha é em subida ajudando a frenagem.
Quem se habilita?
A prova final consiste em descer neste aeroporto (?) no Nepal.
Imaginem a cena.
A câmera investiga os arredores curiosa com a paisagem.
"Onde vamos descer "seu" piloto?"
"Ali"
"Ali onde?"
"Catso! Ali!"
Aparece uma estradinha em meio à montanha. Ela vem que vem e quando o avião bate no solo o câmera cai no chão.
Por sorte a estradinha é em subida ajudando a frenagem.
Quem se habilita?
domingo, 29 de abril de 2012
domingo, 8 de abril de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
S.J.RIO PRETO - GUARULHOS
Este vídeo significa que "alguém" não amarelou.....
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
SONHO ALADO
Como bem lembrou o chefe do blog existe um episódio muito louco envolvendo o César Locão, pedindo perdão pela redundância.
Lembrando que o episódio ocorreu quando eu morava na famosa Djalma e nenhum madaquiense (existe isso?) sofreu bullying.
Nós adorávamos aviões e sempre marcamos presença no Campo de Marte. Não o planeta e sim o aeroclube em Santana.
Tá certo que o César honrava o apelido e acabava dentro de algum avião estacionado fuçando onde não devia.
Já naquela época ocorria um festival aéreo em determinada data do ano.
Vou abrir um parênteses (não um parente).
Engraçado como as coisas mudam. Lembro bem que nos idos de 1966, quando mudamos para Sampa, nos tempos de festa junina o céu era pipocado de balões. Uma diversão muito legal para nós pentelhos em ebulição pré-adolêscencia. No início das férias de julho partíamos em safári a caçar balões moribundos. Era paulada sobre paulada.
E, inúmeros aviões partindo do Campo de Marte, davam rasantes “cortando” os balões que se incendiavam caindo sei lá onde.
Hoje nada disso acontece.
Fechando parênteses.
Num desses festivais eu e o César Locão resolvemos que iríamos voar num teco-teco qualquer.
Era preciso grana. Iniciamos uma campanha meio doida que consistia em economizar a mesada para juntar dinheiro e alugar um avião para um vôo panorâmico. Detalhe: eu não tinha mesada. E o preço era salgado e azedo.
Então ficava o dia inteiro atrás da Dona Alzira pedindo dinheiro para comprar figurinhas explicando que eu não ia comprar figurinhas e sim guardar a grana para alugar um avião para um vôo sobre a cidade etc e tal.
Evidentemente ela não agüentou a pressão e intercedeu junto ao véio Mero, dono do cofre, pedindo pelamóde deus que financiasse minha loucura.
Pulando mais algumas etapas o pai do César Locão levou os dois alucinados até o Campo de Marte e negociou o vôo.
O avião era um Paulistinha como o da foto.
Um avião treinador como se diz e para dois lugares.
Ainda com nossa pouca idade a acomodação no banco de trás era quase impossível.
Mas, tudo em nome de um sonho. Sentamos no banco e colocamos o cinto. Alguém deveria ter tirado uma foto. Sem respirar, pela emoção e pelo aperto, lá fomos nós.
Logo de saída uma saia justa.
Na cabeceira da pista havia um avião, outro Paulistinha, pronto para alçar vôo.
Era da Faculdade Mackenzie, todo cheio de estilo, com algum aluno riquinho a aprender os macetes da aviação.
Então, nosso arrojado e intrépido piloto, além de revolucionário, enfrentou a burguesia avançando a pista e dando gás para alçar vôo para o infinito azul.
Lindo para nós garotos ingênuos.
Nosso piloto simplesmente alinhou com o outro avião, que tinha preferência, e deu motor junto com o pobre burguês.
Ali atrás, fascinados e espremidos no banco, demos mil tchauzinhos para nosso companheiro alado que acabou levantando vôo não sem antes ter que sair para a parte gramada. Então, entre tufos de grama presos no trem de pouso e xingamentos ele retribuiu nosso carinho com gestos muito feios.
Mas, subiu para os céus.
Nosso vôo consistiria em subir dar uma volta ao largo do campo e voltar. O dinheiro só dava para isso. Melhor que não dormir à noite sonhando com esses momentos.
Nosso anfitrião alado passou sobre a famosa e triste Penitenciária do Carandiru.
Num arroubo de entusiasmo deu um rasante sobre os muros. Guardas olharam assustados e chegamos a ver alguns presos jogando futebol.
Nós não percebemos, dentro do avião, a sensação de proximidade com o solo. Penso que a alegria pelo sonho realizado embotou nosso cérebro.
Ao voltar para o Campo de Marte sobrevoando o bairro da Casa Verde avistamos um campo de futebol de várzea. Mais um rasante. Foi quando eu fiquei preocupado porque um dos jogadores acenou e eu consegui visualizar os traços de seu rosto. Foi quando tive a sensação de estar perto demais do solo.
Ainda havia uma última emoção.
O Paulistinha alinhou com a pista descendo para o pouso. Na cabeceira, pronto para levantar vôo, havia um avião bimotor. Portanto, bem maior que o nosso.
O rádio avisava que a pista era do bimotor.
Qual nada. Nosso maluco anfitrião resolveu descer.
No mesmo tempo o bimotor começou a rolar pela pista. Rolar é um termo aeronáutico. O bichão desembestou pela pista.
Meninos do Brasil varonil.
Nós sobrevoamos o bimotor, batemos na pista aterrissando, mas era certeza que iríamos levar uma bifa por trás.
Não havia espaço para que o bimotor alçasse vôo sem o choque com nosso Paulistinha.
Num lampejo de lucidez nosso piloto deu gás levantamos vôo novamente e saímos pela esquerda como diria Pepe Legal. Tá certo. Pepe Legal saía pela direita. Mas, à direita havia os hangares. Portanto, saímos pela esquerda.
Ainda vimos o avião bimotor subindo sem ter tempo para tchauzinhos porque o dito era rápido.
Tivemos que dar uma volta pelo campo e pensamos que seria um brinde pela barbeiragem do piloto.
Finalmente aterramos e demoramos alguns meses para perder aquele olhar vidrado de alegria em realizar um sonho aparentemente distante para dois meninos pobres da periferia.
Depois de um tempão percebemos o perigo que corremos com as peripécias do piloto que nos levou aos ares.
Foi então que o pai do César Locão explicou a discussão que teve com o piloto quando descemos.
Ele cobrou a volta extra ocasionada pela sua ousadia descabida.
Pior, descobrimos que ele não era piloto. Era um mecânico de aviação metido a piloto.
Pegou um avião de treinamento e faturou algum.
Colocou todo mundo em risco, ele inclusive, numa atitude destemperada e irresponsável.
Enfim, se o encontrar nos dias de hoje, se vivo estiver, darei um abraço apertado num cara que proporcionou emoções inesquecíveis a este que vos tecla.
Toda vez que conto esta história aos incautos afloram as imagens daquele vôo como se tivesse acabado de descer do Paulistinha.
Penso que é para isso que vivemos.

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