quinta-feira, 16 de julho de 2020

DE VOLTA PARA O PASSADO

O carro da Racing Point provoca muitas discussões pela semelhança com a Mercedes do ano passado.
É até chamado de Mercedes Rosa.

Os Toro Seniores entraram com uma reclamação/choradeira questionando a legalidade do carro.
Mas, como disse "hammer" Marko o buraco é mais embaixo.
Se a Mercedes Rosa for considerada legal, outras equipes vão usar chassis "véios" de seus fornecedores de puns.
Como disse o dirigente dos Seniores um baita caminhão de dinheiro será economizado.
E, a diferença para as marmanjas vai diminuir, em termos de desempenho. 
Vettel venceu em 2008 com um chassi dos Toro Seniores de 2007. Mas, o carro era um Toro Mirim.

É ruim?
Do ponto de vista do desenvolvimento do esporte (ah ah) sim. Muito engenheiro vai trabalhar como mecânico de manutenção. Do ponto de vista do esporte penso que vai melhorar se, a exemplo da Mercedes Rosa, os carros ficarem mais próximos na pista ocasionando muitas lutas (e maldonadices).
Melhor ainda: não haverá a discussão, por exemplo, se a Haas é cópia mal copiada (ui!) da Ferrari e outros quetais. Seriam carros com uma temporada de uso mas, com lenha para queimar.

Vou mais longe. Um tempo atrás, quem tinha dinheiro, e um pouco de ousadia, comprava um chassi usado qualquer, pintava de acordo com seu gosto e botava para correr. O caso do McLaren M23 BSF com a qual Piquetezão correu três provas em 1978. A equipe Hesketh utilizava chassis March. Aliás, davam um banho nos "oficiais".

McLaren M23 BSF com Nelson Piquet em 1978


Terminando: o que está em jogo é, na verdade, o futuro da F-1 e a questão financeira. Querem limitar orçamento o que, no final, levará a um maior distanciamento das grandes equipes (Ferrari fora, porque nem com todo o din din do mundo faz carro "bão") em relação às demais. Se a Mercedes Rosa for considerada "in" vamos ter um festival de carros "antigos" para 2021.
Será bom?
Quem viver verá.

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