domingo, 28 de novembro de 2010

Outras ironias...

Em 2006, fomos, eu e a ala patriarcal do blog, pela primeira vez a Interlagos. Naquele ano, Schuchummy fazia "sua última temporada" na F-1 e lutava, ao lado da Ferrari e com apoio da FIA, para conseguir seu oitavo título mundial.
Na corrida de Monza, como todos lembram, Alonso, o rival de Schumacher na briga pelo título, foi claramente sacaneado pelas "autoridades competentes". Pouco antes, o grande trunfo da equipe Renault, o tal amortecedor de massa, havia sido proibido. Um carro que brigava por vitórias em quase todas as etapas passou a chegar em quarto, quinto.
No treino de sábado para o GP de Monza, especificamente no Q3, Alonso teve um pneu estourado. A borracha solta detonou os apêndices aerodinâmicos de seu Renault que, claro, ficou mais lento mesmo após a troca de pneu.
Massa - o piloto, não o do amortecedor -, em sua volta rápida, encontrou no caminho aquele que seria no futuro a Prima Donna, com seus apêndices quebrados e caminhando para abrir a sua volta lançada:



Por conta deste encontro, Alonso foi punido, pois a turbulência de seu carro atrapalhou Massa na parabólica... Questionável. Na época, me pareceu um roubo absurdo. Hoje, conhecendo um pouco mais da mente doentia do asturiano, sei lá. Talvez ele tenha mesmo deixado a turbulência lá de propósito...
Mas, por conta de tais eventos, e pela natural torcida contra Ferrari e o Schuchummy, fomos para Interlagos para ver Alonso campeão. Vibramos muito com os problemas enfrentados pelo alemão oficial no sábado e no domingo. Juntamo-nos com os espanhóis vestidos de toureiros que faziam uma grande algazarra - temos, inclusive, fotos com eles. Solidarizamo-nos com um espanhol branquelo que berrava alucinado em todas as passagens "ALONSO! ALONSO!". Chegamos em casa, vermelhos e suados por causa do calor infernal no autódromo, fazendo aquele gesto Alfonsino de vitória, que até hoje não sei o que significa. Ou seja, torcemos muito por Alonso.
Mas o mundo dá voltas. Há duas semanas, sentamos em frente à televisão para torcer desesperadamente contra a Prima Donna, que, no fim das contas, contou com a colaboração de seu antigo rival Schuchummy para perder o título e, ainda, ficou atrás de um carro de sua antiga equipe, a Renault, sem esboçar uma só tentativa consistente de ultrapassagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário