sábado, 19 de setembro de 2009

TEORIA DA APARÊNCIA

Vivemos num mundo de aparências. Acredito que somos, desde o nascimento, induzidos a acreditar que toda nossa vida deve seguir um determinado padrão e, quando algo sai deste padrão, queremos acreditar que aquele que se esforçou para a volta ao “status quo” tenha agido imbuído da mais honrosa honestidade.
Temos receio que esse desvio do padrão nos afete a ponto de desmoronar a crença inabalável na retidão das pessoas envolvidas no reparo do estremecimento dos pilares de nossas instituições.
Por isso, acreditamos que o Lula nada sabe, que o Collor nada sabia, que o FHC é um poço de honestidade, e que Brasília não seja sinônimo de podridão e devassidão humana. De minha parte, acredito no altruísmo dessa gente toda e em Papai Noel. Ele nunca me dá o presente pedido. Mas, é porque não sou um bom menino. Prometo melhorar.
Mas, é por esse sentimento que queremos acreditar que o piquetezinho seja um chapeuzinho vermelho em meio aos britadores maus. Queremos acreditar que os “home” tenham posto fim às falcatruas que de vez em quando vem à tona no mundo da F-1.
Mas, sabemos que algumas pessoas não se importam em roubar um troféu, ou que silenciem e não devolvam o que foi usurpado de alguém (a prima dona Alonso deveria devolver o troféu de primeiro colocado e pedir desculpas pelo que a equipe dele aprontou). Essas pessoas têm a seu favor a nossa crença absoluta na teoria da aparência. Até que chegue o dia em que um pai frustrado entregue o esquema todo porque ele acredita na aparência de piloto de seu filho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário