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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pessoinhas

É sabido que Jenson Button, Dan Wheldon e Anthony Davidson competiram juntos no kartismo inglês enquanto pessoinhas. Os três atingiram considerável sucesso na carreira, especialmente Jenson, que chegou ao título da F-1. No entanto, nem sempre a vida foi fácil para o campeão de 2009. Neste vídeo abaixo, 20 anos antes, vemos o inglês vertendo suas lágrimas por ter sido desclassificado de uma prova por conduta antidesportiva. Sorte para ele, lá estava o pai John Button para consolá-lo.


Neste outro vídeo, vemos, além de Jenson Button e Dan Wheldon, o piloto Justin Wilson, que chegou a andar de F-1 (2003, Minardi) e está, hoje, na IndyCar. Legal, após a corrida, a entrevista com Jenson, aos 9 anos de idade, e seu  orgulhoso pai.



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Há um ano atrás

No dia 16 de outubro de 2011, falecia Dan Wheldon em um terrível acidente na última prova da temporada de F-Indy, realizada nem Las Vegas. A morte do piloto foi chocante pela violência da batida e pela circunstância que cercou sua participação naquela corrida. Wheldon participou de apenas duas provas em 2011: as 500 milhas de Indianápolis e a corrida de Las Vegas. Venceu as 500 milhas, que é uma das maiores glórias que um piloto pode ter ao longo de sua carreira; por essa razão, foi convidado para correr em Las Vegas, a prova de encerramento do ano que decidiria o campeão. A organização oferecia uma premiação milionária caso Dan vencesse o certame. O piloto, todavia, deveria largar da última posição. 
O oval curto obrigava os bólidos a andarem muito próximos e, com muitos carros na pista (eram 34 na ocasião), o risco de um acidente múltiplo era alto. Bastaram 11 voltas para que 15 carros se chocassem em um grande acidente em que Wheldon foi um dos envolvidos. O resto é parte de uma triste história. 
Pessoalmente, o acidente foi marcante pelas circunstâncias da uma época particularmente estranha. Rendeu este texto. Só o tempo cura certas feridas e esperamos que este ano que transcorreu tenha ajudado família e amigos a superar a falta do piloto. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dan Wheldon

Wheldon é mais um piloto que se vai em um carro de corrida. Bem sucedido, campeão da Indy em 2005, vencedor de duas edições das 500 Milhas de Indianápolis - a última, neste ano -, o inglês, provavelmente, não teve nem tempo de imaginar onde seu carro iria aterrissar após colidir com a traseira de sabe-se-lá-quem - acho que era um carro da KV -, na pista de Las Vegas na corrida de ontem.
Qualquer piloto sabe que está se expondo a riscos. Ninguém é forçado a ter uma profissão como esta, no estilo "a vida não me deu escolha". Estes caras têm paixão pelo que fazem e a perseguem, apesar de todo perigo.
Correr de automóvel, seja ele qual for, é sempre perigoso. Na pista de Las Vegas, a média horária é de aproximadamente 360km. Um impacto em qualquer coisa a esta velocidade pode ser fatal. O que se faz, adicionando itens de segurança, é minimizar perigo.
Se um cara, em uma estrada, está a 180 km/h com um carro popular e se esborracha em um poste, não há ninguém para se culpar, exceto o cara que estava se expondo a um risco enorme por razão alguma. Nas corridas, o raciocínio não é muito diferente.
No entanto, as circunstâncias do acidente de Dan Wheldon deixam margem a alguma revolta contra os deuses. O piloto não estava participando regularmente do campeonato. Fez apenas duas corridas: as 500 milhas - a prova mais importante e tradicional do calendário -, por ele vencidas; a outra foi, justamente, a do último domingo. Wheldon, convidado especial da organização, iria largar na última colocação e, caso vencesse a prova, receberia uma bolada de US$ 5 milhões, que seria dividida com um fã.
Mas, a mesma organização que pensou nesta firula bem bolada, não pensou nos riscos de enfiar 34 carros em uma pista absurdamente rápida com pouco mais de 2km de extensão. Qualquer pista de kart indoor, em que correm, normalmente, amadores, tem regras bastante rígidas quanto à quantidade de competidores dividindo o traçado. Quem assistiu o GP de Las Vegas, todavia, viu um amontoado de carros disputando pequenos espaços de pista. Parecia que os pilotos estavam competindo em uma avenida movimentada.
É claro que Wheldon quis estar ali, estava sendo remunerado para correr, concorria a um prêmio milionário. Mas não é possível fechar os olhos para as bobagens que se faz na organização da Indy, às vezes com resultados catastróficos.
A batida de ontem não é algo normal, não é um evento que, simplesmente, "acontece". Quantas vezes se vê, em corridas de monoposto, quase metade dos carros envolvida em um único acidente? Foram 15 dos 34 carros de uma vez só. Três deles decolaram, literalmente: o de Wheldon, o da Pippa Mann e o de Will Power. Todos, esses três, e os outros 11 que se safaram, contaram com uma sorte absurda. As imagens do acidente não deixam dúvidas de que apenas uma vítima fatal foi pouco, dadas as proporções da batida.
Quem sabe, com isso, não haja um fortalecimento da união entre os pilotos da Indy, que bem poderiam planejar uma greve ou, simplesmente, se recusar a correr em muquifos de rua, ovais apertados, circunstâncias medonhas, como a chuva torrencial na corrida do Brasil deste ano, e a superlotação na pista de Las Vegas, ontem.
Essas atitudes seriam muito positivas para o aumento da segurança no automobilismo de forma geral. No entanto, já custaram muito para Wheldon e vão pesar para sempre em Susie, Sebastian, de 2 anos, e Oliver, de apenas 7 meses, que perderam o marido e o pai para as corridas de carrinho.
Para eles, hoje, é como se o mundo estivesse deslizando sobre uma trilha de vapor.