sexta-feira, 21 de setembro de 2018

DORA, A AVENTUREIRA.

Quando os filhos eram pequenos assistíamos juntos vários programas infantis. Desde desenhos da minha época de criança (como o pica-pau) até os, então, modernos. 
He-Man era um desses que eu não engolia fácil. Preconceitos à parte o jeitão marombado dele nunca me enganou. Tanto que logo todo mundo adaptou o bordão "pelos poderes de gay que sou. Eu queimo a rosca".

No entanto, era muito legal essa interação com a TV. Mesmo porque é inevitável o grude que a tela exerce sobre a molecada/adultos.

Com a chegada do Henrique tudo mudou. Agora a moda são os desenhos interativos. A petizada ouve, no início do desenho, que eles desenvolvem isso e aquilo outro. Aprendem noções de matemática, geografia e o scambau. Tudo para enganar os pais.

Hoje ele está interessado em coisas comedoras de internet, como Minecraft, Roblox e outras porcarias mal desenhadas. Ou, como na moda, interface merdal.

Um tempo atrás assistíamos, por exemplo, Dora, a aventureira. Vá lá. Estou velho para curtir uma menina vivendo aventuras acompanhadas de um macaco falante. Tentei usar o Botas, o tal macaco, para arregimentar Henrique para as bandas da F-1. Dizia para ele que Botas (o finlandês) era o Botas amigo da Dora, a aventureira. Até no blog usava o subterfúgio. Não funcionou com Henrique. Não sente a menor graça com as corridas.

Enfim, assistindo o desenho, muitas vezes, me sentia como no meme abaixo. Henrique sempre ignorou as perguntas. Eu, algumas vezes, respondia para incentivá-lo a interagir com o desenho. 
Imaginem só. Ainda bem que não havia ninguém por perto. 
Depois de algum tempo assistindo esses desenhos Dora ficava no vácuo....



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