sexta-feira, 13 de setembro de 2013

As seis horas mais rápidas da história


"Faz quanto tempo que não vamos juntos ao autódromo? Uns cinco anos?", perguntou-se a certa altura do fim de semana. 
Era isso mesmo, uns cinco anos que não se enviava a equipe completa do F-1 Literária ao autódromo para cobrir um evento automobilístico. Os patrocinadores já estavam cobrando uma cobertura in loco em vista das vultosas somas que acorrem aos cofres deste blog. E lá fomos. 
O evento é interessantíssimo, principalmente, pelos preços muito mais acessíveis que os praticados pela F-1, e o amplo acesso que se tem às áreas mais obscuras do autódromo, recheadas de atrações para todos os públicos, gostem ou não de corridas de automóvel. 
O WEC - campeonato mundial de endurance da FIA - é uma competição incrível, por juntar na pista, ao mesmo tempo, quatro categorias diferentes, com equipes vinculadas às principais marcas do mundo, como Audi, Toyota, BMW, Porsche, Aston Martin, etc.. O único grande fabricante que não tem equipe própria é a Ferrari. 
A corrida em São Paulo foi um passeio do Audi nº 1 na categoria LMP1, a principal do certame. O Toyota, que poderia fazer frente aos alemães, bateu logo de cara, facilitando ainda mais o trabalho da equipe das argolinhas. 
Este protótipo da Audi é uma atração à parte. É o melhor carro disparado e, por ter um motor híbrido, quase não faz barulho. O carro passa como um raio e, atrás dele, aquele fiozinho de ruído. É impressionante de ver. 
Outro destaque é o locutor oficial do evento. O cara é francês, mas fala um português impecável, com um sotaque bem carregado que acaba por dar um tom cômico à narração, com direito àquelas baforadas tipicamente parisienses. Não sei o nome dele e não encontrei na internet, mas acho que é Marchi, Marky, Markie, ou algo assim.
Mas vamos a algumas imagens da corrida. Nosso fotógrafo não esteve em forma ao longo do domingo, mas eis o que ficou aproveitável:

O incêndio na Ferrari de Kobayashi e Villander. 


Em destaque, no começo do vídeo, o Audi 01 contornado o Laranjinha; depois, a falta de foco do cinegrafista; por último, a porrado no meio do pelotão. Comparem o barulho do Audi, que aparece primeiro, com o da Ferrari, que aparece por último. 

O silencioso Audi, absoluto na pista

Dois protótipos da categoria LMP2. O da frente tem uma pintura que reproduz uma escultura de um artística francês que juntou um monte de placas encontradas ao redor de Le Mans. 

O Toyota "Rebellion", pilotado por Heidfeld e Nicolas Prost , não teve chances de seguir os carros da Audi na LMP1.

A antiga entrada do "Sol": hoje o carro vai na contramão (faltou acuidade histórica, mas a imagem vale o saudosismo).

Descida do "S" (com a verdadeira entrada do "Sol" em primeiro plano) 

O FD-04, cuja presença nos encheu de emoção: "se eu tivesse que ir até o autódromo apenas para ver este carro, eu o faria". 


O Penske com quê Emersão mandou a bota em Indianápolis, 1989.


Finalmente, a presença ilustre que assistiu a corrida de graça. 

A grande alegria daquele fim de semana, afinal de contas, foi recebermos papai e mamãe - ou o sogro e a sogra, a partir do outro ponto vista - para o café de domingo. Pena que acaba logo, e seis horas de corrida passam muito, muito rápido. 

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