quarta-feira, 5 de junho de 2019

LEMBRANÇAS

Esta notícia sobre a champã fechada que Robertão Kudebico ganhou ao vencer o GP do Canadá de 2008 me leva a pensar em velhas lembranças acerca de lembranças e quase lembranças. Foi a única vitória da equipe BMW-Sauber.
Resumindo a notícia, Kudebico abriu e jogou a garrafa pódio abaixo. Quem pegou foi alguém da BMW. Levaram a garrafa para a sede da fabricante de motores onde está até hoje. Para não ficar a pé a Sauber pediu uma réplica que nunca foi aberta e está na sede da equipe, fechada, ao lado de outras devidamente estouradas. Uma história interessante acerca de fatos que cercam a modalidade.

Lembrei de uma lembrança (e mico) de minha vida. Talvez romântica, talvez ridícula, envolveu uma de minhas musas dos anos sessenta quando estudava em sampa no famoso Gesi (Grupo Escolar Santa Inês) 
Ela, a musa, era daquelas proibidas para um sujeito tímido feito eu. Contava com a minha idade mas, muito (mas, muito) mais vivida. Havia um séquito de admiradores ao redor uma vez que ela era de outro mundo e apenas suportava nossa existência babante.  Tinha outros interesses na vida. A escola era um fardo. 
Durante um tempo sentou na minha frente. Nem preciso dizer que minha atenção nas aulas, que já era sofrível, sofreu um abalo sísmico na escala duzentos.
Um belo dia ela ajeitou os cabelos e um longo fio caiu na minha carteira. Pois não é que peguei o dito cujo e, sem ninguém notar guardei no meu estojo?
Um troféu. Por meses abria o estojo e meu coração disparava ao pensar que aquele fio de cabelo (loiro tingido!) pertenceu ao objeto do desejo da torcida do cúrintia. 
Até que um dia bateu a realidade e joguei o fio de cabelo (tingido!) fora. Junto um amor impossível.
Digamos que aquele ajeitar de cabelos tinha sido o estourar da champã. E, o ato de guardar sorrateiramente o fio de cabelo (tingido!) caído da musa tenha sido o agarrar da garrafa vazia guardando o troféu por meses.
Ah, a adolescência......



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