sua análise está muito bem escrita. Muito melhor do que os textos de muitos pseudo-jornalistas por aí.
Acho o Barrichello um ótimo piloto, mas tenho certeza que lhe falta a força mental para ser campeão.
O RB foi mais rápido que o Button em todos os treinos até a definição da pole na Australia. Aí teve aquela falha na largada (que atribuo ao carro, ele cansou de demonstrar que pode largar bem, como na Espanha e em Monaco) e sei que passa pela cabeça dele que a imprensa eo Brasil vão falar que ele chegou em 2o e tal. Aí desanda a fazer bobagens.
Na Austrália deu sorte e herdou o 2o lugar. Aí foi para a Malasia seco pra descontar e ganhou de presente da equipe a perda de 5 posições no grid por causa da troca do câmbio. Button pole de novo. Ou seja, a cabecinha dele já começou a largar fumaça. Foi uma prova em que a equipe errou duas vezes na estratégia com ele, que podia até ter vencido se tivesse colocado intermediários, e não secos, na primeira troca. Teve que voltar para os boxes em 1 ou 2 voltas, se não me engano.
Ou seja, tomou 2 a 0 com uma certa razão pra se queixar. Aí ele se estrepou de vez. Faz como aquele time que parte pra cima de qualquer jeito e vai levando gol em contra-ataque.
Para concluir, é preciso dar a ele o valor que o próprio Ross Brawn dá. Na Espanha, em Mônaco e até na Turquia, é ele que vai acertando o carro. Na noite de 6a o pessoal pega as informações da telemetria, põe no carro do Button e o inglês dispara.
Isso mina as forças mentais do Barrichello. Tão perto e tão longe do título.
Schumacher foi um tremendo piloto. Os números provam: é o melhor da história. E ele, como ninguém, soube minar o Rubinho (no diminutivo mesmo). O ocorrido na Austria, a prova em que o RB ficou com o carro no cavalete no grid, a falta de gasolina no GP Brasil quando ele ia abrir 8 pontos de vantagem em cima do alemão.
É fácil aniquilar o Rubens: basta alimentar aquela nuvenzinha preta em cima da cabeça dele.
Uma troca de estratégia na Espanha, um jogo de pneus com 2 libras a menos, uma embreagem que dá pau quando ele declara que largando no lado limpo da pista pode passar quem está em segundo. Podem ser coincidências, mas na F1 e no mundo corporativo há várias maneiras de se atingir um objetivo.
O objetivo do Ross Brawn é ganhar os dois títulos e ele está bem a frente dos demais competidores em ambos os campeonatos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário