quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Antes de Spa...

... vamos voltar um pouquinho no tempo e tentar entender o que está acontecendo nesta temporada.
Meu querido pai já falou de toda falcatrua do GP da Europa: o safety car quando não precisava, o não-safety car quando precisava e um espanhol venceu na Espanha para alegria do Santander. Mas também no GP da Alemanha a coisa ficou esquisita.
Primeiro, antes do início da corrida, tentaram punir a Red Bull por qualquer coisa referente ao mapeamento do motor. Não conseguiram porque o regulamento não previa qualquer punição para este tipo de conduta. Esse é o primeiro caso na história de todo direito desportivo e não desportivo que uma conduta tida como ilícita não tem qualquer punição prevista. Ora, ora...
Durante a corrida, após a encrenca da largada, havia muito mais detritos na pista do que aqueles que provocaram a bandeira amarela em Valência. Por que o safety car não foi acionado? Porque a Prima Dona Alfonsina estava na frente e não se queria atrapalhar isso. A diferença de critérios nas escolhas dos comissários diz respeito, unicamente, à posição da Ferrari de Alonso na pista.
Mas o pior ficaria para a última volta, quando Vettel tentou uma manobra de ultrapassagem sobre Button no hairpin. Não havia espaço dentro da pista, então o alemão ganhou a posição utilizando a área de escape da pista.


Assim como o Luizão progenitor, também sou contra essas áreas de escape que possibilitam ao piloto voltar para a pista e, de quebra, até ganhar tempo em relação aos demais competidores. Mas elas estão lá, e são utilizadas o tempo todo em disputas de posição sem que haja punições. De cabeça, lembrei desses dois casos, cujas imagens seguem abaixo. A primeira das disputas ocorreu em 2005, entre Juan Pablo Montoya e Kimi Raikkönen, no mesmo ponto em que se deu a disputa entre Vettel e Button. Embora fosse uma situação diferente, Montoya utilizou-se da área de escape e conseguiu a ultrapassagem sobre Kimi.



A batalha abaixo é ainda mais interessante. Passou-se entre Robert Kubica e Felipe Massa na última volta do GP do Japão, realizado em Fuji, em 2007. Reparem que ambos os pilotos vão para fora da pista o tempo todo e que a manobra final de Massa, consolidando a ultrapassagem, se dá por fora da pista, na entrada da reta de chegada.



Não houve punição para o Montoya e nem para o Massa, mas houve para Vettel. Não é ilógico pensar que a punição ao alemão foi premeditada. Não conseguiram desclassificar a Red Bull por conta do mapeamento dos motores, mas procuraram algo na corrida de Vettel que justificasse uma punição. 
Sem dúvidas, Alfonso está fazendo uma excelente temporada, apresentando uma consistência significativa, que tem faltado aos demais postulantes ao título. O campeonato é muito equilibrado e os pontos estão pulverizados entre muitos pilotos. Assim, Alonso, que não desperdiça nenhum pontinho, vai despontando rumo ao tri. Todavia, não precisava ser desta forma. Quero dizer, a Prima Dona - justamente, por ser Prima Dona - não precisaria de um campeonato de cartas marcadas por troféus em forma de bosta. 

Um comentário:

  1. Tem mais: prima dona tem plena consciência da escolha dos mandões.
    Portanto, não precisa esquentar a cachola como outros pilotos.
    Corre livre leve e solto.
    E, pisando no pescoço do Massa.

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