quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mika, 10 anos

Seguindo em frente, mas olhando para trás com saudades, no último sábado, dia 31 de outubro, completou-se dez anos que Mika Häkkinen conquistou seu segundo título mundial de Fórmula-1.
A temporada de 1999 foi muito estranha. Tudo acontecia normalmente na primeira metade do ano, com Schumacher e Häkkinen disputando a liderança do campeonato palmo a palmo. Contudo, após o GP de Silverstone, quando Schumacher quebrou a perna, Mika embarcou em uma maré de maus resultados, ora por erro dele, ora (muitas "oras") por erros da equipe: quebras, pneus furados por estarem com pressão muito baixa, erros no pit-stop e etc. Também Eddie Irvine, principal adversário de Häkkinen pelo título sofreu com os "erros" da Ferrari. Em uma certa ocasião, Irvine parou nos boxes e não havia pneus a serem colocados em seu carro.
McLaren e Ferrari fizeram tanta força para perder que Heinz-Harold Frentzen, da Jordan, entrou na briga pelo título, constituindo uma ameaça efetiva. Contudo, o alemão ficou fora da briga após sofrer uma falha no carro no GP da Europa, em Nurburgring.
Isso resultou em uma das temporadas com aproveitamento mais baixo da história da Fórmula-1. Mika foi campeão somando apenas 76 pontos.
A despeito da temporada maluca, a corrida final, em Suzuka, aconteceu em uma serena normalidade. Schumacher estava de volta e fez a pole position. Häkkinen, entretanto, fez uma largada fenomenal, assumindo a ponta e mantendo-a até o fim da prova, conquistando, assim, o título pela segunda consecutiva.
Eis a largada e um "micro-resumo" da prova:



E foi assim que os três primeiros viram a corrida:



Häkkinen foi, sem dúvida, um grande piloto, certamente um dos melhores que já vi correr. A despeito disso, Mika não esqueceu seu lado humano. Prova disso foi a sua última vitória na Fórmula-1, no GP de Indianápolis de 2001. Aquela ocasião marcaria a aposentadoria de Jo Ramirez, "lendário" chefe de mecânicos mexicano da McLaren, que trabalhou com todo mundo desde Emerson Fittipaldi. Ramirez era o carequinha que entregava o boné do Banco Nacional para o Ayrton Senna antes do podium. Mika prometera vencer aquela corrida em homenagem a Jo, e, mesmo sem ter um carro tão rápido quanto Williams e Ferrari, cumpriu sua promessa, celebrando a vitória com um longo abraço em Ramirez, em uma cena muito bonita (embora Ron Dennis estivesse puxando Häkkinen pelo macacão para que o finlandês se dirigisse logo ao podium).
Fica nossa homenagem ao grande campeão, com uma grande volta de qualificação, em San Marino, em 2000. Quando os tiffosi já celebravam a pole de Schumacher, Häkkinen jogou água no chopp italiano de forma magistral:


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